Jairo Barbosa- jairobarbosa@ac24horas.com
A venda da sede campestre dos funcionários do extinto Banco do Estado do Acre, Banacre, está sendo questionada na justiça por 220 ex-funcionários que ajuizaram ação pedindo o cancelamento do contrato de compra e venda, assinado entre o presidente da CABEN, Caixa Beneficente dos ex-funcionários do Banacre, Tadeu Figueredo e a empresa Albuquerque Engenharia, que pagou pelo imóvel R$ 1,5 milhões.
A venda foi revelada pelo ac24horas e pegou dezenas de ex-funcionários de surpresa. Mas a transação comercial entre a diretoria e a empresa pode ter sido bem mais ampla. Uma comissão de sócios da CABEN, liderada pelo cooperativista Emerson Costa, descobriu que a Associação possui em seu nome, seis apartamentos espalhados em dois condomínios que pertencem a empresa compradora da sede campestre.
Numa investigação imobiliária, os sócios identificaram dois apartamentos no residencial Riviera Del Fiori e outros quatro no Bouganville, condomínio de luxo da capital.
“Nós não podemos afirmar categoricamente que estes apartamentos foram envolvidos na venda da sede, mas a diretoria terá que explicar como esses imóveis apareceram na relação de bens da CABEN”, disse Costa, que não conseguiu ainda uma avaliação financeira para os apartamentos.
Enquanto aguardam o pronunciamento da justiça quanto as ações movidas onde pedem o cancelamento da venda, os sócios da CABEN cobram da atual diretoria a realização de uma assembléia geral e a prestação de contas dos últimos anos.
O terreno da sede campestres do Banacre, localizada na Vila Ivonete está interditado.