Multados e fiscalizados pela PRF, “toyoteiros” dizem que estão proibidos de trabalhar

Ray Melo, da redação de ac24horas
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“Estamos trabalhando honestamente e nos sentimos perseguidos e proibidos de trabalhar pela Polícia Rodoviária Federal”, disse João de Lima Barbosa, que trabalha há mais de vinte anos, transportando pessoas e cargas no percurso de Rio Branco a Sena Madureira.

toyoteiros_docOs “toyoteiros” procuraram a Aleac, na manhã desta quarta-feira (6), para pedir ajuda contra a proibição de suas atividades pela PRF. De acordo os trabalhadores, mais de duas mil pessoas dependem da atividade no Estado e estariam passando dificuldades financeiras.

Segundo os “toyoteiros” uma licença que permitia a atividade era expedida pelo Detran e pelo Deracre, mas há dois anos, os órgãos teriam deixado de atender os motoristas. No início de 2013, as autoridades teriam sinalizado em voltar a autorizar a atividade.

“Mesmo com a licença nas mãos, os patrulheiros da PRF dizem que o documento expedido pelas autoridades estaduais não tem validade. Estamos sendo tratados como bandidos e multados constantemente. A PRF quer que fiquemos apenas nos ramais”, diz João de Lima.

Os moradores de ramais estariam dispostos a apoiar os “toyoteiros”, fazendo um bloqueio na BR-364. “Os ônibus não transportam animais e cargas nem entram nos ramais. Mais de seis mil pessoas ficarão sem transporte e vários pais de famílias desempregados”, enfatiza Lima.