O governador Tião Viana afirmou no programa Gazeta Entrevista que havia cerca 3.200 servidores ameaçados de demissão, pela ADI 3609, em processo de votação no STF. A declaração provocou uma onda de dúvidas, já que o Comitê dos Onze Mil afirma serem cerca de 11.500 servidores.
“O governador apenas externou uma opinião, que é a nossa também, de que os contratados sem concurso antes de 1988 têm possibilidades muito pequenas de serem demitidos. A ameaça maior atinge aqueles que foram contratados pós 1988, aí se chega a esse número. Nós sempre afirmamos isso”, esclareceu Moisés.
O líder do Comitê dos Onze Mil fez questão de esclarecer que, mesmo com essa opinião do governador e dos membros do comitê, os contratados sem concurso antes de 1988 estão afetados pela decisão da ADI 3609, de acordo com o que está no relatório do ministro Dias Toffoli.
“Uma coisa é a decisão do STF, no mérito, a outra será a modulação, que acreditamos que excluirá da demissão os contratados antes de 88 e abrirá portas pra gente recorrer e ganhar a manutenção dos empregos de todos, até daqueles que entraram pós 88”, informou o deputado do PCdoB.
Moisés informou que o Comitê dos Onze Mil se reuniu na manhã dessa segunda-feira, 24, e deliberou pela realização de um seminário, no dia 12 de julho, aonde haverá duas mesas redondas. A primeira enfocará a luta jurídica no STF, com a presença do procurador geral do Estado, do presidente da OAB e do juiz federal Pedro Paulo Castelo Branco. A segunda enfocará a luta pela aprovação da PEC 54, com a presença da bancada federal do Acre.
“Nossa luta é pela manutenção de todos, mas, com energia concentrada naqueles que estão em situação mais difícil, os 3.200, porque entraram pós 88. E nós acreditamos que vamos conseguir”, finalizou o líder do Comitê dos Onze Mil.