Gestores do sistema penitenciário poderão ser convocados na Comissão de Direitos Humanos da Câmara para esclarecer tortura de preso

Ray Melo, da redação de ac24horas
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A vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, deputada Antônia Lúcia (PSC-AC) visitou nesta quinta-feira (1o), o presos W.F.S., 28, que denunciou que teria torturado e espancado por agentes penitenciários há cerca de três meses no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves. O presidiário teria perdido a visão e estaria tetraplégico após o ocorrido.

Antônia Lúcia encaminhou um ofício pedindo do ministro da Justiça urgência nas investigações. A parlamentar acreana pede ainda a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que solicite a remoção imediata de W.F.S. para o hospital Sara Kubitschek, em Brasília. Os gestores da área de segurança do Acre poderão ter que prestar esclarecimentos na CDH, em Brasília.

“Encaminhei à Comissão de Direitos Humanos, um pedido de convocação do secretário de segurança, Reni Graebner, do diretor da Iapen , Dirceu Augusto, do diretor do presídio e do secretário de Direitos Humanos, Nilson Mourão, para que prestem depoimentos na Comissão e esclareçam mais este episódio de violação de direitos nas unidades prisionais do Acre”, diz Antônia Lúcia.

A deputada informa ainda, que denunciou o caso ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e ao procurador geral da República, Roberto Gurgel. “Apresentei a denúncia também à Comissão Internacional de Direitos Humanos. A prisão é um local para o detento cumprir pena pelo seu erro. O Estado precisa ser responsabilizado pela ingerência de seus gestores”, enfatiza Antônia Lúcia.

O diretor do Iapen, Dirceu Augusto afirmou em entrevista coletiva que o preso não teria sido torturado. De acordo com Dirceu, W.F.S. sofreu um Acidente Vascular Cerebral. Ele destacou ainda, que acredita na inocência dos agentes penitenciários e relatou que o presos em questão teria feito denúncia semelhante, quando cumpria pena em Rondônia.