Depois de sofrer um grave acidente de moto, no ramal da Gleba Minas, na zona rural de Porto Walter, o jovem Marcondes Santos da Silva por pouco não teve a perna amputada por negligencia do serviço aéreo prestando pelo TFD no município.
O acidente foi entre duas motocicletas, no último sábado. Uma criança teve o fêmur quebrado e outras duas pessoas também se acidentaram, mas nada tão grave.
No caso de Marcondes a fratura foi na perna. O jovem teria dado entrada no hospital de Porto Walter uma hora e meia após o ocorrido. Porém, 24h depois do comunicado ao TFD em Cruzeiro do Sul, a aeronave que presta serviço aos pacientes da cidade não havia chegado e a desculpa seria de que um temporal na região impedia o avião de fazer o transporte.
Por ter passado de 24h, o médico teria dito à família que caso a perna de Marcondes fosse amputada a responsabilidade não era dele.
“O meu irmão chegou aqui no hospital por volta das 2h30 da tarde e foi feito o encaminhamento para o atendimento do TFD, mas aí eles falaram que não podiam vir que em Cruzeiro do Sul estava um temporal muito forte. Mas na verdade a informação é de que não tinha temporal”, diz revoltado o irmão do paciente Hilquias Santos da Silva.
Depois de 24h de aflição do paciente e da família, o prefeito do Município, Zezinho Barbary (PMDB), teve que fretar um avião para transportar Marcondes às presas ao hospital geral do Juruá.
O caso é apenas mais um registro de negligencia no transporte aéreo que pelo menos em tese deve ser oferecido aos pacientes que precisam do Tratamento Fora do Domicilio.
A diretora da unidade hospitalar do Estado em Porto Walter, Zenair Bezerra, foi procurada, mas não foi encontrada para comentar o assunto.