O recente assalto com reféns numa lotérica de Rio Branco acendeu a luz vermelha do problema da criminalidade no Acre. A questão é que os projetos governamentais para manter as famílias na zona rural ao longo do tempo não funcionaram. Por outro lado, as cidades melhoraram as suas infraestruturas e atraíram grande fluxo de migrantes oriundos do interior.
Nem isso e nem aquilo
A sensação é que o projeto econômico dos governos da FPA perdeu a sua identidade. Os ex-governadores Jorge Viana (PT) e Binho Marques (PT) valorizaram o projeto florestal. Tião Viana (PT) vê na industrialização a saída para a geração de emprego e renda. Nenhuma das duas opções solidificou-se.
Meio de caminho
Atualmente do projeto florestal restou a exploração da madeira que gera renda para muito poucos. A industrialização aguarda a instalação de empresas na ZPE do Acre o quê ainda não aconteceu depois de três anos da sua criação.
Luz no fim do túnel
Para não ser injusto reconheço que a Acreaves, de Brasiléia, criada no Governo Binho, deu certo. O Dom Porquito, incentivado por Tião Viana, também na fronteira, tem potencial para se tornar um empreendimento público-privado bem sucedido.
Mais do mesmo
Por outro lado, a Álcool Verde, nunca funcionou direito e nem gerou os empregos necessários. A fábrica de pisos em Xapuri sobrevive a duras penas. Falta diálogo com a sociedade e uma agenda com empresários mais eficiente. Sem falar na deficiente distribuição de energia à industrialização.
Sofrimento no comércio
Enquanto são anunciados milhões de investimentos pelo Governo da FPA todos os dias os empresários acreanos reclamam do momento econômico. A choradeira é geral. O shopping da Capital, grande atração do Natal passado, deixou muitos empresários que investiram com a corda no pescoço.
A hora dos projetos
Se a oposição do Acre quiser aproveitar o momento político favorável terá que abandonar urgente essa dança candidaturas para se concentrar num projeto. Apesar dos “sacolejos” recentes do atual Governo quando o jogo eleitoral for pra valer não se iludam, Tião Viana (PT) ainda é muito forte.
Credibilidade
Existe um “desejo” forte de mudanças no Estado. O tempo da FPA no poder é longo e causou desgastes naturais. Mas os eleitores querem um projeto que tenha credibilidade só assim vão trocar o certo pelo duvidoso.
O retorno
O senador Jorge Viana (PT-AC) e o governador Tião Viana (PT) investiram na candidatura de Marcus Alexandre (PT) à prefeitura de Rio Branco. Marcus andou muito para eleger-se. E ao contrário de alguns outros exemplos do seu partido contínua presente na vida das comunidades. Será o eleitor mais forte de Tião Viana, em 2014.
De volta à Casa
O ex-deputado federal Fernando Melo (PMDB) poderá voltar à FPA. Tem sido convidado por Roberto da Princesinha (PROS) e o deputado Valter Prado (PROS) para se filiar no novo partido, que faz parte da FPA.
Artista 2 – a Missão
Por um erro de digitação escrevi numa nota recente que o deputado Moisés Diniz (PC do B) teria chorado ao falar da perseguição sofrida por Marina Silva (PSB). Na realidade o artista em questão é o deputado Valter Prado (PROS). Ele lacrimejou e fez cara de choro ao se referir a ex-ministra acreana. Um artista…
Substituto a altura
O deputado federal Gladson Cameli (PP-AC) que concorrerá ao plano majoritário, em 2014, já tem um substituto para a sua cadeira na Câmara Federal. Trata-se do ex-vereador Alisson Bestene (PP). Uma escolha com chances de dar certo.
Correndo por fora
O advogado Maurício Hohenberger (PP) também vai lutar por uma vaga à Câmara Federal. O jurista já foi juiz substituto no TRE do Acre e advogado da APAE e da Associação dos Soldados da Borracha.
Barrigada
A matéria da Folha de São Paulo afirmando que o vice-governador César Messias (PSB) poderá ser candidato a governador, em 2014, foi escrita por quem não conhece a política no Acre. Inclusive, juridicamente, César pode estar impedido. Tem que se saber quantas vezes ele assumiu o cargo de governador durante as gestões Binho e Tião Viana.
Mais razões
Messias tem grande fidelidade aos titulares da gestão. Jamais faria um palanque contra Tião Viana (PT). O intuito da matéria foi claramente de desqualificar a ida de Marina Silva (PSB) para o seu novo partido, lembrando de velhos acontecimentos no Acre.
A lógica da matemática
As contas de um opositor da chapa favorita de Ermilson Sena à presidência do PT. “Temos 3.200 filiados no PT e mais ou menos 500 em cargos de confiança que votam com o governador. Existe muita insatisfação interna com os rumos do partido e 2.700 votos sem dono. Escreva que o Sibá (PT) não só não abandonará a candidatura como se tornará o novo presidente do PT”. Tudo bem, contra a matemática não existe argumentação. Mas é bom esperar a abertura das urnas no dia 10 de novembro…