O prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB) parece ter sete vidas, politicamente falando. Quando tudo indicava a sua cassação definitiva conseguiu uma liminar com decisão monocrática no STF que reconhece a prescrição do processo que enfrenta. Agora, a questão será julgada por um colegiado em instância superior, mas anula as decisões do TRE do Acre. Assim Vagner continua no cargo.
O velho horário
Uma nota do senador Jorge Viana (PT-AC) informa que o Acre terá duas mudanças de horários seguidas. A primeira no próximo dia 20 quando ficará duas horas atrás de Brasília com a entrada do Horário de Verão. Segundo o senador acreano o velho horário do Acre entrará em vigor definitivamente no dia 10 de novembro deixando o Acre com três horas de diferença para o Centro Sul do país.
Efeito contrário
Ao contrário do que se imagina a FPA não terá nada a comemorar caso o prefeito de Cruzeiro de Sul Vagner Sales (PMDB) seja cassado. A fatura política virá com juros e correções monetárias em 2014 com a vitimização de Sales que vive o seu melhor momento como gestor da segunda maior cidade do Acre.
Contradição
Os advogados da FPA jogam a favor do candidato derrotado no pleito de 2012, Henrique Afonso (PV), que já é pré-concorrente ao Governo do Acre, em 2014 e, têm feito críticas ao atual modelo de gestão.
Sem nomes
Além disso, a FPA carece de nomes fortes para disputar uma eventual nova eleição à prefeitura de Cruzeiro do Sul. Vitimizado Vagner deverá indicar “alguém” da sua confiança que terá chances reais de ser eleito. Ainda ficará como forte eleitor a alguma candidatura de oposição ao Governo, em 2014.
Recordar é viver
A situação de Vagner Sales lembra a do então ex-governador Jorge Viana (PT), em 2002. O atual senador acreano quase foi cassado durante as eleições por utilizar um símbolo publicitário durante a sua campanha. O tiro saiu pela culatra e Jorge Viana teve mais de 60% de votos na sua reeleição.
Justificativa
Ficará difícil para o povão entender porque o processo enfrentado por Vagner Sales, que envolve outros 27 ex-deputados, terá um único condenado. Inclusive, alguns são atualmente políticos importantes da FPA.
Caminhos abertos
Se acontecer a cassação de Vagner Sales e o deputado federal Gladson Cameli (PP-AC) resolver se candidatar ao Governo ficará muito forte. O sentimento de “perseguição” contra o prefeito associado ao “bairrismo” do Juruá serão fortes obstáculos à reeleição de Tião Viana (PT).
Guerra institucional
A falta de diplomacia tem prejudicado o atual Governo da FPA. Tratar adversários políticos como inimigos é um erro estratégico. Eu estava presente quando a deputada federal Antônia Lúcia (PSC-AC) pediu educadamente a um importante assessor de Governo uma audiência com Tião Viana para apresentar o presidente nacional da Associação dos Defensores Públicos.
Vingança?
A audiência não aconteceu. Antônia Lúcia, depois do episódio, passou a se dedicar a instalação de uma CPI no Congresso Nacional sobre os gastos com a BR 364, no Acre. Segundo informações, a CPI deverá ser instaurada na próxima semana com sérios prejuízos às obras da estrada.
Quem perde?
Evidentemente que se acontecer a paralização das obras da BR 364 a FPA jogará a fatura à oposição. Mas uma CPi pode apurar situações constrangedoras e duvidosas em relações a gastos na BR nas últimas gestões da FPA. Nas duas situações quem perde são os moradores do Juruá.
Fingindo de “morto”
O deputado Ney Amorim (PT), secretário da Aleac, poderá surpreender, em 2014. Como o fluxo de candidaturas a deputado estadual está intenso pode lançar-se a federal. Ney já demonstrou ser bom de campanha. Se isso acontecer acredito que tira a vaga de Léo Brito (PT), o candidato do comando.
Sem pecado
Perguntei ao deputado Denilson Segóvia (PEN) se ele vai pedir votos para a FPA durante os cultos da Igreja Quadrangular. A resposta foi não. Segundo o pastor deputado existem lugares mais adequados para conversar com os membros da Igreja sobre política. E citou como exemplo o Buffet Sâmia.
Em nome de Deus
Segóvia lembrou ainda que além da sua candidatura e a de Tião Viana (PT), os “fiéis” deverão apoiar mais dois nomes para deputado federal. No caso, o pastor Francinaldo Barros (PEN) e o atual líder do Governo na Aleac, Astério Moreira (PEN).