A aposta dos grupos políticos do Acre no peso do voto evangélico

Os três grupos políticos que disputam o comando do governo do Acre e vaga do Estado no Senado Federal estão de olho nos votos do seguimento evangélico para alcançar seus objetivos eleitorais nas eleições deste ano.

O PT, partido que contou com religiosos da igreja católica em sua construção, abriu as portas para os evangélicos. Eles ocupam vagas na chapa majoritária e participam das decisões políticas da coligação encabeçada pela agremiação.

Atualmente, pastores de diversas denominações ocupam cargos de confiança no governo do petista Sebastião Viana. Os evangélicos ocupam ainda uma das vagas de suplência da candidata que disputa o Senado pela coligação.

O sincretismo entre política e religião no Acre foi marcado pela adesão dos líderes de uma parte da igreja Assembleia de Deus à candidatura da comunista Perpétua Almeida, além de pastores de igrejas menores.

A mistura de comunismo e evangélico que num passado recente não era imaginada, teria como base fazer com que os crentes acreditem que se não houver cristãos governando, tudo ficará cada vez mais difícil para o evangélico.

A receita também é seguida pelas coligações de oposição à Frente Popular. O candidato ao Senado, Gladson Cameli (PP) também abocanhou uma fatia da Assembleia de Deus ao ceder um vaga de suplência para igreja.

Seguindo o exemplo do que aconteceu na FPA, o presidente da Convenção Estadual das Igrejas Assembleias de Deus no Acre (Ceimadac), pastor Pedro Abreu foi quem definiu a primeira suplência de Gladson Cameli.

Os líderes da maior denominação evangélica do Acre dão as cartas nas duas principais candidaturas ao Senado. Os pastores Luiz Gonzaga e Pedro Abreu são um exemplo que os partidos acreditam no peso do voto evangélico.

Na segunda coligação de oposição, que tem Tião Bocalom (DEM), como candidato também compôs com um evangélico. O deputado federal Henrique Afonso (PV), evangélico fervoroso, ocupa a vaga de vice-governador na chapa.

Os candidatos ao governo do Acre divulgam constantemente, encontros e reuniões com o seguimento evangélico. Márcio Bittar (PSDB) e Sebastião Viana (PT), são os postulantes que mais se reuniram com evangélicos.

Atualmente, os evangélicos estão no centro das grandes estratégias dos três principais grupos políticos em atividade no Acre, movimento que pode ser marcado pelo uso das igrejas como curral eleitoral religioso.