MP garante condenação de acusado por tentativa de homicídio em Acrelândia

Uma ação penal ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) culminou na condenação de Francisco de Assis Alcântara Gonçalves, por tentativa de homicídio por motivo torpe e por meio cruel, no município de Acrelândia. O réu também foi condenado por prática de furto qualificado pelo concurso de pessoas e associação à formação de quadrilha.

A juíza de Direito Louise Kristina Lopes condenou o réu à pena de 25 anos de reclusão em regime inicial fechado mais 50 dias-multa. A ação penal foi proposta pelo promotor de Justiça Teotônio Soares Júnior.

O assassinato só não foi consumado porque, no momento em que a vítima era torturada, uma viatura policial passou no local. Na ocasião, houve disparos de arma de fogo contra a polícia, configurando risco de atingir ainda outros policiais que estavam no local atendendo outra ocorrência.

“O ato do réu, além de quase ceifar prematuramente a vida da vítima, atingiu, diretamente as Instituições Públicas, legalmente constituídas”, diz um fragmento da sentença.

Restou apurado que o réu era chefe da quadrilha e exercia extrema influência e temor sobre os demais integrantes do bando, já devidamente julgados e condenados no dia 1º de novembro de 2013. São eles: Anderson dos Santos Freitas, vulgo ‘Camarão’; Anaeu Mendonça de Brito; e José Francisco Borges de Oliveira, vulgo ‘Mano’.

 As torturas

Francisco de Assis participou das agressões feitas à vítima, desferindo chutes, socos e coronhadas na cabeça com arma de fogo, entres outras condutas violentas.

Segundo depoimentos da vítima, de testemunhas e o interrogatório do acusado, após a vítima ser algemada, ferida com quatro golpes de faca e submetida a uma sessão de tortura, a intenção era que aos poucos falecesse, agonizando até a morte.

Os criminosos também insistiam com a vítima sobre o paradeiro do delegado da cidade, para onde se dirigiriam para fazer uma empreitada criminosa. A intenção também seria intentar contra a vida da juíza titular da cidade, Maria Rosinete Reis Silva.

No local, eles roubaram armas de fogo e fugiram com elas para garantir a fuga.

A vítima ficou dez dias internada e permaneceu afastada de suas funções por mais de 30 dias devido às lesões corporais sofridas.