Uma manobra com autorização de sua base aliada na Câmara de Vereadores do município de Acrelândia, cidade distante 100 km da capital, acabou com a manifestação de servidores que reivindicavam ontem (13) o pagamento de seis meses de salários atrasados ao prefeito Jonas Dalles. Eles chegaram a fechar a sede da prefeitura.
Hoje pela manhã, em sessão extraordinária, o executivo teve aprovado um projeto que criou 25 cargos comissionados. A garantia é que parte dos servidores colocados no olho da rua, seja recontratados através de nomeações. Apenas os vereadores Ariston Jardim (DEM), Djalma Pessoa e Sionayton (ambos do PP) votaram contra o que chamam de “trem da alegria”.
“A criação de novos cargos não resolve o problema de todos, serão mais apadrinhados nomeados e obrigados a não buscarem os seus direitos na Justiça”, comentou Ariston.
Ainda de acordo o vereador, o município não conseguiu comprovar a sua capacidade financeira de pagamento de mais cargos comissionados. O democrata conta que por telefone, ontem, o prefeito Jonas Dalles lhe garantiu que estava repassando R$ 45 mil à empresa Souza e Silva Ltda, responsável pelas contratações terceirizadas.
“Segundo informações dos empresários esse repasse não aconteceu e a coisa continua do mesmo jeito”, acrescentou o democrata.
Os vinte e cinco cargos comissionados criados, com valores de R$ 800 cada um, vão impactar cerca de R$ 20 mil por mês sem incluir nesse cálculo, os encargos sociais. O total anual é de R$ 240 mil.
“O prefeito segue enxugando gelo, não resolve os problemas salariais e ainda cria mais problemas para sua gestão. Um desastre”, concluiu Ariston.
O OUTRO LADO:
A reportagem tentou mais uma vez sem sucesso falar com o prefeito Jonas Dalles, mas ele não atendeu e nem deu retorno “as chamadas feitas para o seu telefone.