O antigo prédio da Defensoria Pública da União (DPU), no Acre, virou um tormento e exemplo de abandono para quem trafega pela Avenida Getúlio Vargas, no Centro da cidade, a menos de 30 metros de distância da Prefeitura de Rio Branco (AC) e 200 metros do quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Acre (PM-AC).
Parcialmente destruído, o prédio teve os vidros quebrados, janelas, móveis, fios elétricos e alumínios roubados. Além disso, usuários de drogas vivem no local que se tornou ponto de encontro para prática de sexo, comércio e uso de entorpecentes, e esconderijo de assaltantes.
Ao chegar no local, a Reportagem ac24horas flagrou dois jovens mantendo relações sexuais em um dos cômodos do prédio. As portas estava entreabertas, e o cheiro do espaço, que pode ser sentido do lado de fora, é de fezes e urina. O odor de drogas também é percebido logo que se entra no lugar.
Em conversa com um dos usuários de drogas, que utiliza o espaço para a prática ilícita, a informação é de que lá “moram dois casais” e que “eles são drogados”. O jovem, que vestia apenas uma bermuda velha e suja, conta àReportagem que só vai até lá para“ fumar maconha e depois vou embora. Tenho é medo de ficar aqui sozinho. Os traficantes sempre vem aqui”, assume o dependente.
Não apenas fezes e usuários são encontrados no local. As imagens mostram o grande numero de celulares, provavelmente provenientes de roubos, jogados pelo prédio. Os registros já falam por si só. O usuário que lá estava contou ainda que os celulares são roubados quase sempre no Terminal Urbano.
Um dos comerciantes da região afirmou que o trânsito de usuários no local é constante. “A gente fica até apreensivo com uma situação dessas. Eu mesmo tenho medo de ficar aqui na frente e eles me assaltarem. A polícia não faz nada”, reclama o ambulante.
Em contato com a DPU, o ac24horas foi informado de que o prédio era alugado por uma imobiliária da cidade. Mesmo assim, a servidora que fez o atendimento, identificada como Rose, disse que não poderia informar o nome da empresa, pois todas as solicitações da imprensa precisam passar pela sede do órgão, que fica em Brasília (DF).
Rose destacou ainda que não existe autonomia administrativa da instituição no Acre e que, portanto, essa seria a causa de tudo ter de passar pela administração do Distrito Federal. Questionada sobre a Direção da instituição estado, Rose afirmou que a defensora-chefe no Acre, Carolina Magno, está viajando e só deve retornar na próxima semana à Capital Rio Branco (AC).