Com dezenas de casos graves para dar acompanhamento, o Conselho Tutelar de Acrelândia fechou as portas na manhã desta quarta-feira (14) por falta de condições de trabalho. O caso foi confirmado pela presidente da entidade, Solange Souza. Ela disse ao ac24horas que falta água para beber desde quarta-feira da semana passada.
“Chegamos ao limite. Encaminhamos ofício para o município e o Ministério Público comunicando a situação”, acrescentou.
Ainda de acordo a presidente, o único carro do Conselho quebrou em novembro do ano passado. Um veículo cedido pela Vigilância Sanitária para fazer as diligências, não fez a manutenção da troca de óleo essa semana, impossibilitando o acompanhamento a casos graves.
“Não temos nem como ouvir testemunhas porque a nossa impressora à meses não ver tinta”, relatou.
Para resolver algumas situações, segundo os conselheiros, eles precisam utilizar seus telefones pessoais já que o município não pagou as contas do telefone da entidade. “Nem o recebimento de denúncias ocorre através desse sistema” , disse um dos membros do Conselho que pediu para não ter seu nome revelado”.
Composto por cinco membros eleitos pela comunidade para acompanharem as crianças e adolescentes e decidirem em conjunto sobre qual medida de proteção dão a cada caso, pela primeira vez na história de Acrelândia, o Conselho fecha suas portas por falta de condições de trabalho.
O OUTRO LADO:
A secretária de Assistência Social do Município, Irenilda Nina, disse que não tinha conhecimento sobre o fechamento da instituição. Ela relatou que até na secretaria de ação social falta água e que as pendências ocorrem por dificuldades na dotação orçamentária.
“As pendências do ano passado ocorreram por falta de dotação orçamentária, este ano estamos esperando uma licitação para compra de água e material de expediente que ainda não foi liberada pela CPL”, respondeu.
Nina disse que está enviando oficio para o prefeito Jonas Dalles informando a situação emergencial.