Sesacre nega que médico sem registro tenha dado plantões no PS da capital

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Armando Melo nega que médico sem registro tenha dado plantões no Pronto Socorro

O secretário de Saúde do Acre, Armando Melo, disse na tarde desta quinta-feira, 12, durante entrevista coletiva à imprensa, que a Sesacre vai apurar o caso do médico sem registro no CRM, que foi preso na última terça-feira, 10, quando atendia populares num centro municipal de saúde.

À polícia, o médico afirmou em depoimento, que trabalhava normalmente no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), e que, inclusive, teria ficado sozinho na unidade, entre os dias 31 dezembro e 1º de janeiro, atendendo os pacientes que estavam internados e os que davam entrada hospital que é referencia na capital acreana.

Segundo Armando, o profissional não faz parte do quadro de servidores do estado e, portanto, não há nenhum vinculo empregatício com o acusado. “A visão da administração em relação a essa situação, é de que em verdade ele não é servidor do estado do Acre”, comentou o secretário ao afirmar que Renato “não consta em nenhuma escala de plantão” e que “em nenhum momento prestou serviços no Hospital de Urgência e Emergência”.

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Segundo o acusado, em depoimento lavrado pelo delegado do caso, Thiago Duarte, um dos diretores do hospital teria pagado certa quantia em dinheiro pelos plantões realizados no centro de saúde.

O secretário não confirmou a informação, mas comentou que vai “apurar o caso” e que caso servidores da unidade estejam envolvidos, ambos serão punidos com o “rigor da lei, após as investigações” realizada tanto pela Polícia Civil, quanto paralelamente pela Sesacre.

Melo destaca ainda que a Sesacre já foi notificada pelo Delegado. “Conversamos com o delegado e fomos comunicados, oficialmente, de que houve esse flagrante. Já determinamos providências e vamos cooperar na medida do possível com as investigações”, esclarece o gestor.

O secretário fez questão de dizer, ainda, que a secretaria de Saúde não é favorável a esse tipo de problema. “A administração não compactua com esse tipo de situação”.

Acreano, Renato Vilela, de 34 anos, continua preso na Delegacia da 4ª Regional, no Bairro Bahia, em Rio Branco (AC). Ele deve responder por falsidade ideológica e exercício ilegal de profissão.