O secretário adjunto de saúde do estado do Acre, Irailton Lima, disse ontem (28) durante entrevista ao programa Gazeta Entrevista, que o parto na recepção da Maternidade Bárbara Heliodora – notícia que teve repercussão nacional – foi “uma fatalidade e desarticulação momentânea”.
Irailton foi ao programa ao lado da diretora da maternidade, Rossana de Oliveira, esclarecer, segundo eles, fatos não publicados pela imprensa com relação ao parto de Simone Santiago. Rossana informou que em dez minutos a paciente foi avaliada pela médica e que na avaliação foi constatada a dilatação de cinco centímetros.
“Para o parto seria necessária à dilatação de dez centímetros, o que levaria cerca de três a quatro horas para acontecer”, acrescentou.
Como Simone já teve partos anteriores, o tempo de dilatação poderia, segundo Rossana ser menor. Ela afirmou que Simone estava sendo atendida no consultório quando pediu para ir ao banheiro.
“Quando retornou não aguentou mais, sentou nas cadeiras da recepção e ali começou o trabalho de parto. Mas em nenhum momento ela deixou de ser assistida, não teve falta de médicos e nem falta de leito, lógico que houve falta de privacidade”, reconheceu a diretora.
Ainda segundo Irailton, as imagens do vídeo mostram a recepção praticamente vazia, o que comprova, na leitura do gestor, “que não tinha sobrecarga no serviço e total condição para o atendimento regular”, garantiu Irailton.
“Essa fatalidade não é rara, existem casos de crianças que nasceram dentro de aviões, o estranho foi o parto ter acontecido na recepção da Maternidade”, acrescentou o secretário adjunto.
Para Irailton, não houve agilidade eficiente por parte da equipe para reconduzir a parturiente à sala de parto. Ele citou outro erro que foi na sua avaliação, a falta de isolamento do local. Qualificação melhor dos profissionais e uma clinica na frente do prédio são as medidas urgentes encaminhadas pela direção da maternidade.