Álvaro Dias ressaltou a “contribuição à democracia”. Já Eunício Oliveira destacou que “foi fundamental para elevar o nível de informação”.
Esses são pequenos trechos do que ambos senadores disseram em tom de bajulação, em sessão especial do Senado aos 50 anos da TV Globo, a poucos dias atrás.
Os dois são membros da CPI do Futebol, que só terá validade se apurar o que acontece de ilegal com os contratos de direitos de transmissão assinados entre a CBF e a TV Globo, um dos objetos de investigação do FBI, dos Estados Unidos, e que levou à prisão vários cartolas.
A comissão, que iniciou os trabalhos no último dia 4, é composta pelos senadores Humberto Costa (PT), Zezé Perrella (PDT), Ciro Nogueira (PP), Donizeti Nogueira (PT), Eunício Oliveira (PMDB), Romero Jucá (PMDB), Omar Aziz (PSD), Álvaro Dias (PSDB), Davi Alcolumbre (DEM), Romário (PSB) e Fernando Collor (PTB).
Romário foi quem pediu a criação da CPI, que agora preside. Jucá é o relator. Zezé Perrella, Ciro Nogueira e Fernando Collor são aqueles personagens da vida cotidiana, que até para vendê-los bicicleta a gente desconfia do pagamento.
Na sessão especial do Senado à Globo, Álvaro Dias, segundo texto da agência de notícias da casa, “registrou a importância da emissora para a superação do atual momento político e econômico brasileiro e sua contribuição à democracia, especialmente por meio do jornalismo”.
Álvaro Dias presidiu uma CPI do futebol em 2001. Embora o senador não canse de exaltar os efeitos positivos da comissão, de lá para cá o futebol brasileiro só entrou em decadência.
Já o líder da bancada do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, segundo o texto da agência de notícias da casa, exaltou a emissora carioca pelos “bons serviços prestados à democracia brasileira”. De acordo ainda com o texto, Eunício ressaltou que “o papel de imprensa livre e democrática (da Globo) foi fundamental para elevar o nível de informação a todos os brasileiros”.
A CPI do futebol de Romário tem chance de colocar à baila algumas informações adicionais, além das apresentadas pelo FBI sobre as falcatruas Padrão Fifa no futebol brasileiro.
Mas do jeito que a promiscuidade entre investigadores e envolvidos se apresenta, não há como se imaginar avanços significativos que ajudem a mudar a rota de declínio do esporte que já teve o Brasil como maior referência.