Atraso em apuração no Acre sugere “lendas urbanas” sobre fraudes nas eleições, diz Gilmar

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez polemicas declarações sobre a demora na apuração dos votos, durante o processo eleitoral. O Acre, como praxe, sempre é o último estado a apresentar os resultados locais, e isso, segundo o jurista, sugere a criação de “lendas urbanas” sobre possíveis fraudes que possam ocorrer ou ter ocorridos durante os processo.

Durante um evento, na cidade de São Paulo (SP), nesta segunda-feira, dia 23, o ministro do STF afirmou que tem “toda a confiança” no sistema de votação eletrônico em uso no Brasil e que não acredita que houve fraude nas eleições presidenciais de 2014, como alegam grupos que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Para Gilmar Mendes, o TSE, do qual é vice-presidente, contribuiu para as “lendas urbanas” de que as urnas eletrônicas favorecem fraudes ao atrasar a divulgação da apuração das votação por conta do diferente fuso horário no Estado do Acre. “Eu já disse isso, mas nós falhamos, especialmente no segundo turno, quando deixamos que a apuração não fosse pública”, analisou.

Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro José Antonio Dias Toffoli, considera um “passo atrás” a impressão pela urna eletrônica do voto do eleitor. Para implementar o projeto, o ministro informa que o tribunal gastará R$ 1,7 bilhão.