Uma das principais avenidas de Rio Branco, a Getúlio Vargas, está bloqueada nesta manhã de terça-feira (5) por motoristas profissionais do transporte rodoviário coletivo de passageiros e de cargas. Eles são contra a lei que exige o exame toxicológico, onde mostra se caminhoneiros e motoristas usaram drogas nos últimos três meses. O teste passa a ser obrigatório para quem vai tirar ou renovar a carteira.
Porém, o preço do processo é quase R$ 600, o que a maioria não possui condições de pagar e acabam ficando na irrealidade sem poder trabalhar.
“Não temos condições de pagar R$ 600 em um exame, principalmente porque não tem no Acre. Já tem famílias passando fome porque não podem regular a carteira. O protesto é para ver se as autoridades do Acre e Brasília suspendam a lei ou mudem a resolução”, disse Mauri Célio, secretario de Transportes de Cargas.
Participam do protesto taxistas, mototaxistas, transporte de terraplanagem, transporte dos caçambeiros, coletivos e de carga.
O objetivo da lei é diminuir os acidentes nas estradas. Os testes serão feitos a partir de amostras de queratina, que estão nos cabelos e unhas. Quase seis milhões de motoristas precisam renovar a carteira já com a nova regra.
Com o bloqueio da avenida, a organização do trânsito no centro da capital é marcada por um congestionamento quilométrico. De acordo com informações, passageiros de ônibus estão desembarcando para irem a pé ao trabalho devido a demora. Além da Getúlio Vargas, o congestionamento atinge também a Avenida Antônio da Rocha Viana e parte da Ceará.
Os representantes do movimento entraram ainda a pouco na Assembleia Legislativa onde se reunirão com deputados membros da Comissão de Obras Públicas.