Os prefeitos de Plácido de Castro, Roney Firmino, e o de Santa Rosa, Rivelino Mota e Raimundo Ramos, da cidade de Bujari, presos em setembro passado, foram soltos no final da noite desta terça-feira, 08, por determinação da Justiça.
Os três gestores, já em fim de mandato em suas prefeituras, foram presos durante a Operação Labor, da Polícia Federal, no dia 14 de setembro passado. A prisão dos prefeitos foi pedida com base em provas materiais e em uma delação prestada por um empresário dono de uma das empresas que atuou na fraude, preso na primeira fase da investigação.
No dia da deflagração da operação, o delegado Frederico Ferreira, coordenador da ação, informou que os crimes iniciaram em 2013 e a movimentação foi de aproximadamente R$ 2 milhões.
“Durante a execução do contrato, eles emitiam notas fiscais de serviços não prestados. Um empresário movimentava o dinheiro para um preposto e depois esse preposto movimentava o dinheiro para o prefeito. Há uma transferência de R$ 30 mil”, informou o delegado, no dia da prisão, em uma entrevista coletiva.
A investigação da PF, de acordo com o inquérito, descobriu que o prefeito de Plácido de Castro, Roney Firmino, foi o primeiro a iniciar a operação fraudulenta.
Ele realizava licitações com as empresas vencedoras já definidas. Contratava serviços terceirizados de fachada e pagava pela mão de obra que não era executada. Depois, dividia com o dono da empresa e com leiloeiros o valor do contrato. Ainda segundo a investigação da PF, o grupo estava prestes a desviar mais R$ 10 milhões das contas públicas aplicando o mesmo esquema fraudulento.
Os prefeitos ficaram presos por quase dois meses. O relator do processo foi o desembargador Roberto Barros, do TJ/AC.