A greve dos servidores do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) chegou ao 34º dia nesta segunda-feira (14) sem avanço algum nas reivindicações levantadas pela categoria. Os servidores cobram a regulamentação de alguns pontos existentes no Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).
Uma audiência de conciliação entre representantes do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinspjac) e a presidência do órgão ocorre hoje para as partes chegarem a algum acordo que possa finalizar o movimento. Segundo o Sinspjac, não há paralisação no órgão há pelo menos três anos.
“Nosso ponto principal agora é a concessão do auxílio-saúde. Na última audiência o sindicato solicitou ao TJAC que encaminhasse toda a execução orçamentária e a disponibilidade financeira, mas até agora não informaram nada. Na audiência de hoje vamos debater isto”, disse o presidente Sinspjac, Leuson Rangel Araújo.
A greve engloba mais de 1,2 mil funcionários no estado, incluindo categoria como agentes de segurança, motoristas, oficiais de Justiça, técnicos administrativos e analistas. A greve não inclui juízes e desembargadores.
A presidente do TJ-AC, desembargadora Cezarinete Angelim chegou a ressaltar durante entrevista coletiva que a presidência sempre manteve aberto ao diálogo com os servidores e que a categoria não tinha motivo para greve. Ela disse ainda que, apesar da crise no país, a instituição está honrando com os pagamentos. O pedido da presidente para considerar a greve ilegal chegou a ser negado pelo desembargador Roberto Barros.
Entenda
No início do movimento, no dia 10 de outubro, a categoria reivindicava determinados tópicos do PCCR para serem regulamentados e aplicados, como folga em dobro, gratificação por atuar como conciliador ou por ministrar cursos em programas de capacitação, além do aumento no valor de diárias de deslocamento de servidores.
A categoria pede agora, sendo o ponto principal, a majoração do benefício de auxílio saúde em R$ 600. A greve dos servidores também ocorre no interior do Estado.