A Revista Exame divulgou que um levantamento realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário identificou 65 beneficiários do Bolsa Família que estavam registrados em um mesmo endereço, no Acre. A informação foi divulgada no site do semanário essa semana.
Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) já havia divulgado a abertura de uma investigação que apura a suspeitas de irregularidades em 3.218 benefícios concedidos no Estado. A estimativa é de que R$ 15.230.090 tenham sido pagos de forma irregular no Estado.
Para impedir possíveis ilegalidades, o MPF expediu recomendações às prefeituras para que realizem visitas domiciliares para checagem dos dados. As informações foram divulgadas pelo jornal A Tribuna.
No Acre, foram encontrados casos de irregularidades nos 22 municípios. Senador Guiomard é o município com o maior percentual de benefícios suspeitos de irregularidades, com 3,76%. Rio Branco e Brasiléia ocupam a segunda e a terceira posição, com 3,51% e 2,72% respectivamente.
No levantamento, o cadastro apontou que supostamente existiriam 2.784 contemplados com o Bolsa Família e que também seriam empresários, 429 servidores públicos, 43 falecidos, 42 doadores de campanha e 5 servidores públicos doadores de campanha.
O cruzamento de informações ainda apontou que apenas um servidor conseguiu cadastrar 2,4 mil beneficiários em apenas um dia.