Familiares do médico da Chapecoense, o acreano Marcio Bestene Koury, de 44 anos, que morreu na queda do avião na terça-feira (29), estão em Chapecó, Santa Catarina, a espera da chegada do corpo. A previsão de chegada do primeiro avião com corpos das vítimas é para às 7h deste sábado (3). O velório será coletivo e ocorrerá na Arena Condá.
Na Arena Condá, o cerimonial terá duração de aproximadamente duas horas. O acesso ao gramado será restrito a cerca de duas mil pessoas, entre familiares, autoridades e pessoas ligadas diretamente ao clube catarinense. Os 19 mil torcedores poderão se despedir das vítimas das arquibancadas. Além disso, telões serão instalados na área externa do estádio.
Cerca de 100 mil pessoas são esperadas no local neste sábado. Após a cerimônia, os corpos serão levados para outras cidades de acordo com a vontade dos familiares das vítimas. Marcio Bestene será enterrado mesmo em Chapecó.
Koury também era formado em engenharia e fez medicina na Universidade Federal do Acre (Ufac). A especialização em medicina desportiva foi feita em São Paulo. Ele tem duas filhas, de seis e 11 anos.
Acidente
O voo que tranportava a equipe da Chapecoense partiu na noite de segunda-feira (28) de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em direção a Medellín.
Segundo a imprensa local, a aeronave perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (local, 1h15 de Brasília), entre as cidades de La Ceja e Abejorral, e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín.
As autoridades colombianas confirmaram que o avião da delegação da Chapecoense voava com menos combustível do que mínimo exigido pela lei. O órgão que avalia as causas do acidente explicou que trabalha com a teoria de que a “pane seca” deu origem ao problema elétrico que acabou por derrubar a aeronave, em uma tragédia que matou 71 pessoas e feriu outras seis.