Gladson avalia se pagará ou não pensão de ex-governadores do Estado do Acre

A pensão paga aos ex-governadores ainda é incerta no governo de Gladson Cameli. O novo chefe do Executivo acreano já se mostrou contra a remuneração após o término do mandato, principalmente porque o valor é idêntico ao que recebem os governadores no exercício da função.

Segundo apurou o ac24horas, Cameli solicitou um estudo, já para as próximas semanas, da situação jurídica dos pagamentos. A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), por exemplo, já aprovou o fim dessa aposentadoria, contudo, à princípio, a emenda à constituição estadual só valeria a partir de Cameli.

O porta-voz do Palácio Rio Branco, Rogério Wenceslau, confirmou a posição de Gladson Cameli, e destacou que todas as opiniões apresentadas pelo governador estão de pé, bastando apenas um posicionamento mais detalhado sobre a pensão e a partir de quem ela deve ser extinta.

“Aquilo que o governador vinha dizendo nas entrevistas, ele manterá. Agora, essas questões jurídicas, incluindo a pensão do ex-governador Tião Viana, serão estudadas e avaliadas. Agora essa questão está na lista de prioridades, mas o mais urgente, agora, que está todo mundo envolvido, é a questão do décimo terceiro salário”, destaca.

Em outubro, de forma curiosa [pois a PEC já estava aprovada], o governador Gladson Cameli passou por uma saia justa ao afirmar encaminharia projeto ao Poder Legislativo para acabar com o benefício. Foi ironizado pleo então líder do governo de Sebastião Viana, o deputado estadual Daniel Zen.

Se Gladson Cameli deixar de pagar as aposentadorias, até a esposa do ex-governador Orlei Cameli, Beth Cameli, que é tia de Gladson, será atingida pela medida, juntamente com um filho menor de idade do falecido ex-chefe do executivo.

O gestor progressista teria que cortar na própria carne para atingir os petistas de Jorge Viana, Binho Marques e Sebastião Viana, dentre outros. Além deles, Flaviano Melo e Romildo Magalhães, aliados de Cameli.