O governador não pode produzir Fake News de sua própria gestão

O governador Gladson Cameli (Progressista) tinha tudo para governar bem. Elegeu-se no 1º turno com o vice ideal, o major Rocha. Na esteira da eleição conseguiu o feito histórico de ter três senadores e sete deputados federais, além de 19 deputados estaduais ao seu lado para governarem juntos. Nenhum governante conseguiu isso na história. Seu maior capital de campanha foi a palavra empenhada de que faria as mudanças necessárias depois de 20 anos de domínio do PT. Pegou um Estado com as finanças devastadas e um rombo gigantesco. Porém, administrável. Tomou medidas duras e necessárias.

O que falta para o governo dar certo?

Por que esse desgaste político diário?

Tantos desencontros?

Por que as críticas ácidas em um governo que representava a mudança? De quem é a culpa?

Segurança, Educação, Saúde têm problemas, mas vão sobrevivendo. O problema está no governador Gladson Cameli. Ele é seu maior adversário quando diz uma coisa e faz outra, promete e não cumpre, demite secretário num dia e no outro diz que não o fez, falta com a palavra o tempo todo. Já está virando motivo de chacota. O que o governador diz sentado, em pé não sustenta. Como dizem aliados e adversários de plantão, “A palavra do Gladson é um risco n’água… Pela manhã diz uma coisa e de noite já é outra bem diferente”.

O governador precisa tomar uma postura urgente antes que caia no descrédito total. Falar menos e agir mais. Recorrer aos assessores para não tomar decisões improvisadas o tempo todo como vem fazendo, por exemplo, ter exonerado o presidente do Imac, André Hassem, na sexta-feira e na segunda, depois de conversar com a deputada federal Vanda Milani (Solidariedade) mudar tudo e, ainda por cima, dizer que não disse o que disse. Deputados ouviram mais uma promessa não cumprida de Cameli; o líder do governo confirmou para jornalistas a mudança no Imac. Se duvidar, até o bispo foi avisado do decreto de exoneração de André Assen que ele mandou fazer na hora da conversa com deputados.

O caso Paulo Wadt é outro escândalo. O governador não pode produzir Fake News de sua própria gestão. É um desastre para sua credibilidade e uma insegurança para a população que apostou tudo nele.

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