Após o episódio de agressão ocorrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada no bairro Sobral, em Rio Branco, envolvendo paciente e enfermeira, uma polêmica discussão foi gerada em torno da situação. Entre os mais de 540 comentários publicados no perfil do ac24horas no Facebook, centenas de internautas manifestaram-se sobre o caso, uns a favor e outros contra a atitude da paciente.
A reportagem entrou em contato com M. do C. dos S. R, de 59 anos, paciente acusada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac), de ter agredido a profissional de enfermagem I.T.C, de 51 anos. A mulher falou rapidamente, mas reiterou diversas vezes que não lembra o que houve na unidade de saúde. “Eu sou paciente do Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac) há muito tempo. Não lembro o que aconteceu. Não lembro de nada”, disse.
Segundo o sindicalista Adailton Cruz, sua colega foi agredida na noite da última quarta-feira, 14, enquanto estava no setor de Classificação de Risco, mesmo após a paciente ter sido atendida. “Ela retornou ao setor e agrediu a enfermeira. De forma covarde e inimaginável. Brutalmente agredida, física e psicologicamente, inclusive com lesão na região cervical”, relatou o presidente do sindicato.
Numa imagem divulgada, a enfermeira aparece atrás de uma mesa que fora virada e um computador jogado no chão. O sindicalista destacou que a servidora não recebeu apoio do estado. “É revoltante a omissão do estado, a falta de segurança e apoio aos trabalhadores em saúde”, escreveu.
Questionado sobre a versão contada pela paciente, o presidente do Sintesac disse não ter conhecimento de que a mulher seria paciente do Hosamc. “Não conheço essa informação. Já foi registrada queixa-crime, e na segunda iremos entra com as ações judiciais”, garantiu Cruz.
O que diz a enfermeira
No Boletim de Ocorrências registrado na delegacia, a enfermeira relatou que percebeu que a mesma paciente já havia sido atendida. “Inclusive estava com a receita médica nas mãos”, contou. Foi então que ela informou à mulher que ela não poderia fazer um novo atendimento sem passar pela triagem novamente.
Conforme o B.O, paciente gostaria de ser atendida por uma médica específica e passou para agressão quando recebeu a negativa. Uma guarnição da polícia militar foi ao local. O gerente administrativo da unidade prestou assistência à servidora agredida.