Declarações de Tchê contra primeiro escalão do governo foram “inaceitáveis” para Ribamar

As declarações do ex-líder do governo, deputado Luiz Tchê (PDT), contra os secretários de estado no ápice da crise entre o executivo e o parlamento, foram consideradas “inaceitáveis” pelo chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade. “Os dois não podem ser convidados para sentar em uma mesma mesa”, disse um assessor do Palácio Rio Branco.

Ribamar foi quem comandou uma ofensiva para a derrubada de Tchê da liderança do governo. O chefe da Casa Civil foi em carro próprio até Sena Madureira, em pleno domingo, convidar o deputado Gerlen Diniz a voltar para o cargo de liderança na Assembleia Legislativa.

Tchê pediu aos secretários para “tirar a bunda das poltronas, saírem dos gabinetes com ar-condicionado e ajudarem o governador Gladson Cameli a trabalhar pelo Acre” e revelado também dados de uma pesquisa que demonstrava o mal humor da população com o primeiro escalão da gestão. O pedetista mirou a metralhadora para a Casa Civil, acusando Ribamar por toda confusão da derrubada dos vetos.

Segundo a reportagem apurou, a relação próxima de Tchê com deputados de oposição e sua distância de pessoas de extrema confiança do governador, também foram decisivos para a mudança de rumos na política de relação na Assembleia Legislativa. Esse teria sido o tom da conversa entre o secretário de articulação, Alysson Bestene escalado para dar a notícia do fim de liderança, semana passada.

Após uma reunião de secretários, Ribamar, chancelado pelos demais, teria barrado as nomeações de indicados do deputado, entre eles, a esposa, Nara Regina Sandri Schafer, Adinã Marcel Schafer e Marise Bernadete Schafer.

O governador Gladson Cameli viaja para Brasília na tarde de hoje (30) sem resolver por total a crise com os deputados de sua base.