Dados levantados pelo Programa de Educação Tutorial (PET) da Universidade Federal do Acre (UFAC) mostram números preocupantes em relação ao coronavírus no Estado.
De acordo com a pesquisa, o Acre, que tem até o momento, 42 casos confirmados da doença é o terceiro de maior taxa de todo o país. Os números mostram que o percentual no Acre é de 4,7 por cada 100 mil habitantes, ficando atrás apenas de São Paulo, com taxa de 5,1 e o Distrito Federal onde a taxa é a mais alta do Brasil, com 10,9 casos por mil habitantes.
Um outro gráfico elaborado pela instituição é em relação ao ritmo de contágio à média brasileira. Com 4,7 contaminados a cada 100 mil habitantes está bem acima da média nacional, que é de 2,7.
O estudo do PET de economia da UFAC revela uma outra preocupação. Acrelândia, município com pouco mais de 15 mil habitantes, já tem 7 casos confirmados. A taxa de contaminação no município é assombrosa. São 45,88 casos para cada 100 mil habitantes.
O professor/doutor de economia da UFAC, Rubicleis Gomes, faz uma comparação com São Paulo para mostrar o tanto que é preocupante o número de casos confirmados em Acrelândia. Na capital paulista, até o início desta quarta-feira, 1, existem 2.339 casos confirmados, com 136 mortes provocadas pelo coronavírus. “Só para ter uma ideia, se São Paulo tivesse a mesma proporção por 100 mil habitantes de contágio que Acrelândia, São Paulo teria hoje 18 mil casos de coronavírus, com aproximadamente 630 mortes”, explica.
É importante lembrar que os exames só estão sendo em pessoas com sintomas mais graves, com dificuldade para respirar. O próprio diretor do laboratório Charles Mérieux na Fundação Hospitalar, Andreas Stocker, declarou que acredita que o número de infectados no Acre chegue a 500 pessoas, o que tornaria o estado, líder disparada em casos da doença em todo o Brasil.