Para acompanhar de perto e ter um termômetro dos impactos da crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus, a Associação Comercial do Acre realizou uma pesquisa junto aos empresários locais.
O levantamento, realizado no período de 01 a 02 de abril de 2020, ouviu 90 empresários, dos quais 60% faturam até 1 milhão de reais por ano.
Os resultados demonstram um setor empresarial insatisfeito com as medidas de socorro adotadas até agora e a aposta de que a crise dure, pelo menos, mais três meses.
Das empresas ouvidas pela pesquisa, a maior parte é do setor do comércio (57,3%), seguida do ramo de serviço com 31,3%.
Em sua maioria, 67%, são empresas que empregam até 30 pessoas. Os números apontam que, como era de se esperar, o maior prejuízo até o momento é a queda de novas receitas (63%). A inadimplência também cresceu e segundo a pesquisa o patamar de quem não está pagando suas contas é de 18,5%.
Quase que a totalidade dos empresários ouvidos pela pesquisa (91,4%) preveem perdas de receita, sendo que o percentual 18,5% estima perda total da receita.
Um nome que tem tirado o sono do trabalhador também foi mensurado pela pesquisa. Segundo os empresários, em caso de necessidade de demissão, a grande maioria, 87,2%, estimam demitir até 20 colaboradores.
Os comerciantes concordam com as autoridades de saúde no ponto que afirma que a crise não é passageira, já que 67,4% dos entrevistados acreditam que a crise pode durar de três meses até um ano.
Também como era de se esperar, ninguém está preparado para a crise, nem mesmo os empresários. Apenas 4,3% afirmaram de forma positiva para a pergunta. O restante destaca que vai precisar passar pela crise fazendo ajustes ou algumas que passarão por grandes dificuldades.
Os empresários dizem que as estratégias para superar a crise é cortar custos (26,1%), renegociar com fornecedores (21,7%), investir em novas estratégias comerciais (19,6%) e até demissões de funcionários, apontada por 17,4%.
Por fim, a pesquisa quis sabe a opinião dos empresários sobre as medidas de socorro à economia adotadas até agora pelos governos federal, estadual e municipal.
Em relação ao presidente Jair Bolsonaro, 57,6% consideram as medidas anunciadas até agora como de pouco impacto ou insuficientes para superar a crise.
Já no caso do governo estadual, o número que acha insuficiente as medidas chegam a 84,8%. Em relação a prefeitura de Rio Branco, o percentual de desaprovação é de 85,4%.
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