A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) neste mês de maio, aponta que ao menos 66,5% das famílias acreanas estão endividadas. O número representa um aumento se comparado ao mesmo período de 2019, quando o total de famílias endividadas neste período foi de 63,4%.
Segundo o Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, esse aumento de pessoas com dívidas no estado já vem sendo registrado há três meses, e provocado, possivelmente, pelo fechamento de estabelecimentos considerados não essenciais neste momento de pandemia do coronavírus, onde empregador e empregado sofrem com prejuízos.
Para o assessor técnico da Fecomércio no Acre, Egídio Garó, essa é uma tendência verificada em todo o Brasil. O estudo aponta ainda que as dívidas são, em sua maioria, cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. “Famílias com renda mensal menor que 10 salários mínimos são as que mais padecem com o endividamento, o que consequentemente as encaminhará ao inadimplemento”.
Apesar de o percentual de endividados ser abrupto, a Fecomércio ressalta que o momento é, de fato, de isolamento. “A prioridade é manter-se na segurança de sua casa, ante a possibilidade de contágio em algum caixa eletrônico, casa lotérica ou outros locais onde haja aglomeração”.
No Acre, a inadimplência atinge ainda contas como energia elétrica, impostos e tributos como o IPVA, licenciamento de veículos, dentre outros.