Hospital do Juruá tem dois casos suspeitos de meningite

Dois pacientes com suspeita de meningite que deram entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruzeiro do Sul, foram transferidos para o Hospital do Juruá, para confirmação da doença.

São dois homens adultos que chegaram estáveis a UPA e no Hospital do Juruá, fazem exames de liquor e de tomografia.

Em 2019, em Cruzeiro do Sul, de cinco casos suspeitos de meningite, três foram confirmados, incluindo uma criança de um ano e um bebê indígena. Uma morte foi registrada.

A doença

Segundo o Ministério da Saúde, há 12 tipos de meningococos e no Brasil, o mais comum é o tipo C (que corresponde a 80% dos casos) seguido do tipo B. Os tipos A, W e Y são menos frequentes no país. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta imunização contra os tipos comuns.

A meningite do tipo meningogócica é transmitida por um grupo de bactérias chamadas meningococos. Provoca inflamação na meninge, membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal do ser humano.

A enfermidade pode ser transmitida pelas vias respiratórias, gotículas e secreções do paciente infectado. Contato íntimo, residentes da mesma casa e pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou alojamento são outras formas de contágio da doença. Ambientes fechados e sem ventilação facilitam ainda mais a propagação.

Entre os sintomas da meningite meningogócica estão fraqueza, febre, dor de cabeça, vômitos e rigidez na nuca. A procura de tratamento precisa ser rápida. De acordo com o MS, a enfermidade pode levar à morte entre 24 e 48 horas a partir do aparecimento dos primeiros sintomas. O risco de morte é de 10% a 20%, e em caso de sobrevivência, a doença pode deixar sequelas graves como surdez e debilidade motora. O órgão federal de Saúde salienta que a meningite pode ser causada por fungos, vírus e outras bactérias que não meningococos.

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