Foto: Sérgio Vale/ac24horas.com
Após o apelo do governador Gladson Cameli e dos demais estados da federação, o Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira, 30, que irá antecipar a imunização de profissionais das forças de segurança e salvamento e de membros das Forças Armadas que atuam em conjunto com equipes de saúde .
Na reunião de segunda-feira, 29, Cameli pediu prioridade em relação à vacinação dos profissionais de segurança em reunião com o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, em Brasília (DF).
Ele pediu também o envio de mais vacinas, já que o Acre, por ser um estado de fronteira, passa por uma necessidade na priorização da imunização para evitar novas variantes da Covid-19.
A mudança foi aprovada em reunião com os secretários estaduais e municipais de saúde. A ideia é que os profissionais sejam divididos em dois grupos, em que o primeiro seria alvo da antecipação e o segundo, seguiria a ordem já prevista no plano de vacinação.
No primeiro grupo, alvo da antecipação, entram aqueles que atuam 1) no atendimento ou transporte de pacientes contra a Covid, 2) no resgate e atendimento pré-hospitalar, 3) na ações de vacinação e 4) na vigilância de medidas de distanciamento, principalmente na vigilância das unidades básicas de saúde e outras unidades.
No segundo grupo, que deve seguir a ordem do plano de vacinação, entram membros das forças de segurança que atuam em ações de apoio logístico à vacinação (mas que não ficam diretamente em contato com a população), que atuam no transporte de insumos para áreas de risco e aqueles que trabalham na vigilância de fronteiras, espaço aéreo, marítimo, além dos demais militares.
A previsão é que o primeiro grupo comece a ser vacinado já na próxima quinta-feira, 01, quando devem ser enviadas 9,1 milhão de doses aos estados.
Atualmente, a ordem dos grupos de vacinação prevê a imunização de profissionais de segurança e militares após a imunização de idosos (etapa atual), pessoas com comorbidades, população com deficiência, população prisional e trabalhadores de educação.
Representantes dos estados e do Ministério da Justiça, no entanto, têm pressionado para alterar a ordem de vacinação, alegando que o grupo atua na linha de frente da Covid-19.
A mudança também ocorre em um momento em que parte dos estados já antecipam a vacinação de forças de segurança por conta própria, apesar de as doses enviadas ainda visam a trabalhadores de saúde e idosos.