Calegário culpa o governo por atraso de salários de terceirizados

Foto: Sérgio Vale/ac24horas.com

O deputado estadual Fagner Calegário (Podemos), representante das categorias das terceirizadas, criticou a fala do governador Gladson Cameli, que em declarações no início da manhã desta quinta-feira, 15, afirmou que poderia romper o contrato com as empresas que prestam serviço ao Estado em caso de inadimplência com os funcionários.

A fala de Cameli após alguns terceirizados da educação afirmarem que os funcionários da empresa terceirizada Maia Pimentel, estão há três meses sem ver a cor do dinheiro.

Em setembro de 2020, esses mesmos trabalhadores realizaram uma manifestação na sede da Secretaria Estadual de Educação do Acre, em Rio Branco. A empresa é contratada para prestar serviços de limpeza em dezenas de escolas na capital acreana.

Ao rebater Cameli, Calegário destacou que o maior culpado pelo não pagamento dos trabalhadores é o Governo, que deixa de realizar os repasses às empresas na data correta.

“É triste ver o governador fazer essas declarações. Sempre reiterei que o principal culpado por essa situação são as secretarias do Governo. Sobre o caso dos trabalhadores da educação, que estão sem receber há 3 meses, o governador é o chefe maior do Estado, é ele quem precisa informar sobre o que acontece dentro do seu governo e efetuar os pagamentos. Não é tão simples dizer que vai rescindir o contrato com as empresas sem antes dizer se vai pagar ou não o que deve. É irresponsável dizer que não quer mais o serviço e ir embora sem pagar”, destacou o parlamentar.

Calegário destacou que a preocupação agora é com as famílias que estão sem receber por conta da burocracia nos processos públicos. “A falta de organização e a irresponsabilidade por parte da Secretaria de Educação irá resultar em mais empresas à beira da falência no nosso Estado e mães e pais de famílias sem seu sustento”, salientou.

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