O acesso de caminhões pesados pela avenida Internacional, que liga as cidades de Epitaciolândia e Cobija pela pontes sobre o igarapé Bahia foi bloqueado logo após o posto fiscal aduaneiro. O movimento afeta a chegada de combustíveis, alimentos e material de construção à cidade boliviana.
No entanto, pedestres e motociclistas circulam normalmente pela ponte fronteiriça. Já pela ponte Wilson Pinheiro, ou Ponte da Amizade, que liga Brasiléia à Cobija, o trânsito ocorre normalmente para veículos de pequeno e médio porte, mas não está sendo permitido o acesso de caminhões.
Esta quarta-feira, 26, é o segundo dia do protesto organizado por sindicatos ligados ao setor de transportes no departamento de Pando. Os manifestantes exigem do governo nacional boliviano a retomada das obras de pavimentação da estrada troncal entre Cobija e La Paz, a capital do país andino-amazônico.
Profissionais do setor disseram ao jornal O Alto Acre, de Brasiléia, que o governo boliviano paralisou os trabalhos em diversas obras no departamento de Pando, sendo uma delas, a construção da “carretera” que dá acesso ao restante do país e que estava gerando centenas de empregos.
“Estamos sem nenhuma renda. Muitos de nós financiamos nossos veículos e a conta está chegando e precisamos trabalhar. Os estados de Santa Cruz, Tarija e demais estão tendo trabalhos normalmente”, disse um dos motoristas acampados na Avenida Internacional.
De acordo com os dirigentes do movimento, os bloqueios na capital de Pando serão mantidos até que o ministro das Obras Públicas, Serviços e Habitação do governo nacional boliviano se faça presente em Cobija para discutir a reivindicação. Ele não tem respondido aos convites dos transportadores.