O imbróglio que envolve a devolução do sistema de água e saneamento da capital acreana para a prefeitura deve ter uma pausa. Isso porque a prefeitura de Rio Branco assumiu não ter condições técnicas e de pessoal para assumir o abastecimento de água da cidade neste momento. A informação foi obtida com exclusividade pelo ac24horas.
O contrato que tratava da reversão do sistema de água, assinado em maio deste ano, previa que a prefeitura de Rio Branco reassumisse o serviço a partir de outubro de 2021, mas teve de ser adiada novamente. No último mês de agosto, o prefeito Tião Bocalom já tinha pedido mais 30 dias. Neste novo pedido, a reversão deve ficar apenas para o ano que vem.
A prefeitura elenca diversos problemas que impedem de assumir o complexo sistema de abastecimento de água e esgoto agora. O principal deles é a falta de pessoas e de recursos que demandam a reversão.
Só na semana passada que a prefeitura conseguiu lançar um edital de estimativa de preços e cotação, que leva pelo menos 90 dias, além de que há ainda a questão da dotação orçamentária e os trâmites de contratação.
Alguns dias atrás, o ac24horas mostrou que as dificuldades da reversão acontecem desde a assinatura do contrato. Integrantes do Depasa e do Saerb, que deveriam facilitar o processo de transição, entraram em rota de colisão, até com declaração pública da representante autarquia municipal, Pollyana de Sousa, presidente do Saerb, que confirmou que a reversão só deve acontecer a partir do início do ano que vem, mas creditou o atraso aos problemas legais. “Puramente questões, impedimentos legais, tendo em vista que estamos em um período de decretação de pandemia”, disse Souza.