Quem não está nada satisfeito com a condução do processo de construção da Lei Orgânica da Polícia Penal são os profissionais que integram os chamados setores administrativos do Instituto de Administração Penitenciária do Acre.
Em uma nota divulgada pelo Sindicato dos Servidores Administrativos do IAPEN (Sindsai), a entidade que representa administradores, técnicos e auxiliares administrativos, contadores, engenheiros, especialista em execução penal, assistentes sociais, psicólogos e demais servidores “não policiais penais” diz que todas essas categorias estão sendo desrespeitadas, com a intenção de desmembrar/dividir o IAPEN.
“Nos últimos dias as autoridades do Estado do Acre, responsáveis pela elaboração da lei supracitada, decidiram excluir o sindicato dos Servidores Administrativos do Iapen e ignorar os pedidos de participação e ciência sobre o andamento do processo, negando a participação nas últimas reuniões e ignorando ofícios e outras formas de comunicação, deixando todos os servidores administrativos do Instituto “a ver navios” “às cegas”, sem saber de fato o que está sendo feito e decidido a respeito de sua instituição”
Os servidores administrativos alegam que são os responsáveis pela criação e manutenção das pastas com o registro da vida de cada indivíduo preso, pelas oficinas de trabalhos; pelo planejamento e execução da educação prisional; pela assistência material, social, saúde física e psicológica.
“Sem nós, o sistema prisional se resume “a homens presos e a outros vigiando” Deveríamos ser muitos, pois há muito trabalho a fazer, mas não somos, nos desdobramos para com quase nenhum recurso e sem as condições adequadas fazer cumprir nosso trabalho nas unidades de execução penal. Não suportamos mais sermos ignorados e negligenciados por nossas autoridades”, diz outro trecho da nota.
O governo ainda não se pronunciou sobre os questionamentos do sindicato.