Mulheres sentem impacto da inflação e não esperam recuperação da economia

Pesquisa Radar FEBRABAN realizada na região Norte entre o público feminino no período de 19 de fevereiro e 2 de março mostra que o impacto sobre preço de alimentos e outros produtos de consumo doméstico preocupa 85% das mulheres consultadas pelo levantamento.

Agravada pela guerra na Ucrânia, a crise preocupa as mulheres e faz com que elas não tenham grande expectativa com relação à recuperação da economia ainda neste ano. No Norte, apenas 17% delas apostam nessa recuperação em 2022; outras 53% acreditam na retomada somente a partir de 2023.

Porém, a esperança entre o público feminino de uma recuperação da situação financeira familiar é maior: 29% pensam que isso acontecerá ainda este ano e outros 39% aguardam essa melhoria apenas em 2023.

A alta da inflação é definitivamente uma preocupação das mulheres na região: 90% delas detectaram uma elevação muito alta do preço dos produtos de 2021 para 2022, e 72% apostam no aumento da inflação e do custo de vida.

Para elas, o maior impacto da inflação será no consumo de alimentos e outros produtos de abastecimento doméstico (85%), enquanto para 39% existe a preocupação com a pressão inflacionária sobre o preço do combustível.

Elas esperam um aumento de 43% do desemprego nos próximos seis meses; 36% apostam numa diminuição do poder de compra; e 73%, no aumento da taxa de juros.

Na pesquisa, 36% falaram que haverá aumento no acesso ao crédito das pessoas e empresas. Para eventuais sobras do orçamento familiar, 35% pretendem comprar imóveis e 22% na reforma da casa.

Avaliação dos bancos

Segundo a pesquisa, a confiança das mulheres nos bancos atinge 64%. Nas empresas privadas em geral, essa confiança é de 54%.

Golpes

Embora os golpes envolvendo instituições bancárias ganhem o noticiário, a maior parte das entrevistadas afirmou não ter sido vítima de qualquer deles (apenas 29% passaram por algum tipo de experiência do gênero).

Entre aquelas que afirmaram ter sido vítimas, o golpe da central falsa onde alguém pediu seus dados por telefone (52%) e alguém se fazendo passar por um conhecido solicitando dinheiro por whatsapp (41%) são os mais recorrentes.

A pesquisa foi realizada pelo Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE).

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