O vereador Alcemir Teodózio, do União Brasil, fez esclarecimentos sobre as críticas que recebeu nos últimos dias, com repercussão em setores da imprensa, nas quais é acusado de provocar tumultos nas sessões e reuniões da Câmara de Xapuri.
No último episódio, ocorrido na terça-feira (2), uma confusão no plenário da casa terminou com uma queixa na polícia contra ele por intolerância religiosa, que foi registrada pela mãe de santo Awraomin Pantera, diretora de Cultura da prefeitura.
A vereadora Alarice Botelho, do PT, distribuiu material à imprensa afirmando que a conduta do vereador é reincidente e dizendo que vai exigir de maneira formal que a Mesa Diretora da Câmara tome providências contra o que vem ocorrendo.
Alcemir Teodózio afirma em sua defesa que os fatos que têm sido divulgados pela vereadora petista mostram apenas o lado que lhe é desfavorável. Segundo ele, outras situações semelhantes estão sendo omitidas com o intuito de lhe prejudicar.
O vereador afirma que a colega de parlamento-mirim também possui registros de problemas com outros vereadores e até servidores da Câmara e que costuma partir para cima dele com o dedo em sua cara. “Não foi a primeira vez que aconteceu”, disse.
Segundo Teodózio, a origem da confusão é o fato de o secretário de Cultura ter sido convocado pela Mesa Diretora, atendendo pedido dele, para que fizesse explicações sobre o uso dos recursos da Lei Aldir Blanc no município.
Com relação à acusação de intolerância religiosa contra a candomblecista Awraomin Pantera, ele voltou a negar. “Em nenhum momento eu desrespeitei a religião dela. A gente não pode agredir a fé de ninguém, a religião de ninguém”, afirmou.
Alcemir alegou desrespeito ao Regimento Interno da Câmara, quando a diretora de Cultura se manifestou da plateia e a Mesa Diretora não atendeu aos pedidos que ele fez para que a norma interna da Casa fosse obedecida.
A vereadora Alarice Botelho disse ao ac24horas que o vereador não respeita a ordem de pronunciamentos nas sessões, que ele fala os gritos e que sempre parte para a baixaria. “Não tem equilíbrio emocional para a função que exerce”, disse.
A mãe de santo Awraomin Pantera informou que que registrou boletim de ocorrência na Delegacia Geral de Xapuri por intolerância religiosa e injúria racial contra o vereador e afirmou que pretende processá-lo por ter sido chamada de “demônio”.