O vereador de Brasiléia Rogério Pontes de Souza (PROS) voltou a ser preso neste fim de semana, desta vez em caráter preventivo, sob a acusação de novamente quebrar medida protetiva imposta pela justiça em favor de sua ex-esposa, Yuna Gagarin.
Segundo narra o Ministério Público, o parlamentar teria influenciado a prefeita do município, Fernanda Hassem (PT), para que a ex-mulher fosse demitida de um cargo que detinha na Secretaria Municipal de Cidadania e Ação Social de Brasiléia.
De acordo com o MP, o parlamentar atuou de maneira direta para prejudicar a vítima em seu trabalho, causando-lhe significativa perda financeira, aproveitando-se de acordo político com a prefeita municipal.
Ainda para o Ministério Público, a atitude do vereador implica em descumprimento das medidas protetivas aplicadas em razão de episódios anteriores e condiz como um exemplo claro de violência patrimonial contra a vítima.
Com essa motivação, o MP pediu a prisão preventiva de Rogério Pontes, assim como a recondução da ex-mulher dele ao cargo do qual fora exonerada, sob pena de multa de R$ 10 mil diários a incidir contra Fernanda Hassem.
Diante da denúncia, Pontes teve o pedido de prisão preventiva aceito pelo juiz da Vara Criminal de Brasiléia, Clovis Lodi, e o cumprimento do mandado ocorreu na manhã do último sábado (22). A recondução de Yuna ao cargo também foi determinada pelo juiz.
Em agosto passado, o magistrado já havia imposto o uso de tornozeleira eletrônica ao vereador ao indeferir outro pedido de prisão preventiva contra ele pela mesma motivação.
O advogado do vereador, Francisco Valadares Neto, afirmou ao ac24horas que o seu cliente não descumpriu as medidas apontadas pelo Ministério Público e informou que protocolou ainda no domingo o pedido de revogação da prisão preventiva dele.
“Fiz um pedido de revogação da prisão aduzindo que não cometeu o crime de descumprimento da medida anteriormente imposta e tampouco influenciou na demissão da suposta vítima. Pedi que, se mantida a prisão, ela seja convertida em domiciliar para que ele possa continuar a exercer suas funções junto a câmara municipal”.
Rogério Pontes permanecia até este domingo (23) na Delegacia de Polícia Civil de Brasiléia, mas podendo ser transferido a qualquer momento para o presídio de Rio Branco.