No Acre, acusados de matar mulher em casa de eventos são condenado a mais de 90 anos

Em sessão realizada no Fórum Criminal de Rio Branco e que entrou pela noite nessa terça-feira, 25, o Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Juri condenou os quatro envolvidos no assassinato da secretária executiva Jacilene Farias de Lima, de 40 anos, e na tentativa de homicídio da segurança Marcela Morais da Silva, de 36 anos. O caso aconteceu em maio de 2019, durante uma festa numa casa de eventos situada na Rodovia AC-40.

Após a decisão do Corpo de Jurados, a juíza Luana Cláudia de Albuquerque Campos, que presidia a sessão, estabeleceu as seguintes penas: Anderson Feitosa da Silva, o “Samurai” (32), que seria o mandante da ação que culminou com a morte da mulher, foi condenado a 24 anos e 2 meses de reclusão. Mateus Nascimento da Silva, o “Tétéu” (27) vai cumprir 21 anos e 10 meses de prisão. Renan da Silva Oliveira, o “Negão Design” (31), condenado a 18 anos e 11 meses, e por fim, Valdiney Braga Rodrigues, o “Parafuso” (27), com a maior pena, 27 anos e oito meses de reclusão, todos em regime fechado.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), na noite do dia 6 de maio de 2019, Anderson Feitosa da Silva, o “Samurai”, era o principal líder do Bonde dos 13 no Acre, e foi avisado de que pessoas ligadas ao Comando Vermelho estariam participando de uma festa na casa de eventos Via Parque, que ficava numa chácara próximo ao km 15 da Rodovia AC-40, que liga a capital aos municípios de Senador Guiomard e Plácido de Castro.

De imediato, manteve contato com Renan da Silva Oliveira, o “Negão Design”, mandando que o mesmo desse um jeito de acabar com a festa. Este, por sua vez, contatou outros líderes da organização criminosa, sendo Mateus Nascimento, o “Téteu” e Valdiney Braga Rodrigues, o “Parafuso”, designados para cumprir a missão. No local, Valdiney, que portava uma pistola 9mm, fez vários disparos, matando Jacilene Farias e ferindo a segurança Marcela Morais da Silva, que estavam no local se divertindo, e nada tinham a ver com o conflito.

Investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram os responsáveis pela identificação e prisão dos quatro acusados, de outros supostos envolvidos que estão na condição de foragidos.