De acordo com os dados do Ministério Público do Estado, 380 pessoas desapareceram no Acre no ano passado, 142 a mais que em 2021, quando foram informadas 238 ocorrências.
Em 2023 já são 17 registros e os desaparecimentos estão em crescente desde 2017 no Estado e preocupam o MP. Na tentativa de enfrentar a questão, uma campanha foi deflagrada neste começo de 2023 denominada “Saudade: essa dor pode acabar”.
Há pouca informação sobre os aparecimentos, o que dificulta comparações. O objetivo, segundo nota do MP, é dar visibilidade ao drama vivenciado pelas famílias, sensibilizar a sociedade sobre o problema, além de divulgar informações sobre como proceder diante dessas situações.
Desde 2017 que o MP estadual integra o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), gerenciado, no Acre, pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT) que no ano passado, a partir de um contato feito pelas redes sociais localizou uma pessoa e promoveu seu reencontro com a família após 33 anos.
“Nesses casos, nós fazemos a inserção do desaparecido no Sinalid. Buscamos a qualificação civil da pessoa desaparecida e a equipe do NAT vai a campo buscar as informações na tentativa de localizá-la”, explica a coordenadora-geral do NAT, promotora de Justiça, Marcela Cristina Ozório.
O MP divulga como informar o desaparecimento de uma pessoa: basta procurar uma delegacia e registrar um Boletim de Ocorrência. Não é preciso esperar 24 horas para registrar o sumiço de uma pessoa.
É fundamental, pede o MP, fornecer o máximo de informações possíveis, como características físicas, cor e modelo de roupa que a pessoa usava a última vez que foi vista, bem como a região onde a pessoa estava.
O cidadão também pode acionar o MPAC por meio dos telefones 68 99219 1040 ou 68 3212 2068, ou ainda pelos e-mails: plid@mpac.mp.br e nat@mpac.mp.br.