Cerca de 40% das obras da ponte do rio Madeira estão concluídas. Os dados técnicos sobre a construção do acesso foram informados nesta sexta-feira, 18, durante visita ao local do ministro dos Transportes, Maurício Quintella, do diretor-executivo do Departamento Nacional Infraestrutura e Transporte (Dnit), Halpher Luiggie, os senadores Sérgio Petecão (PSD – AC), Gladson Cameli (PP-AC), Ivo Cassol (PP-RO) e Valdir Raup (PMDB-RO).
A ponte, que terá pouco mais de um quilômetro de extensão, largura de 14,5 metros, vão central de 170 metros, com uma altura de 19 metros em relação a lamina d’água, custará após concluída R$ 128 milhões. Os engenheiros responsáveis acreditam que a obra deve ser entregue em Julho de 2018, a depender das condições de trabalho e recursos financeiros. 140 homens trabalham no local.
Um dos articuladores da visita do ministro, o senador Gladson Cameli salientou que a ponte do Madeira é resultado dos esforços das bancadas federais do Acre e Rondônia. “Como podemos falar em integração se não temos uma ponte. Eu tenho dito que nós somos privilegiados porque estamos vivendo esse momento, momento em que é construída uma ponte que é um sonho antigo do povo acreano. É um esforço conjunto das bancadas do Acre e de Rondônia. E aqui eu quero afirmar que o presidente Michel Temer e o ministro Maurício Quintella, que está aqui com a gente, já garantiu que essa é uma obra prioritária e que não vai parar.”
As obras começaram em outubro de 2014. O ministro dos Transportes garantiu que a ponte será inaugurada dentro do prazo previsto, julho de 2018. “Não faltará recursos para esta obra, mesmo com a restrição fiscal feita pelo governo. Essa é uma obra que é prioritária para o presidente Michel Temer. Já temos garantidos R$ 30 milhões para 2017 e temos certeza que essa construção não sofrerá descontinuidade e será inaugurada em 2018. Essa é uma obra de integração nacional, fundamental para o escoamento da nossa produção do Brasil, pela Estrada do Pacífico, para o Peru.”
O diretor executivo do Dnit, Halpher Luiggie, informou que o projeto original da ponte sofreu uma alteração por causa da cheia histórica do Madeira de 2014. As cabeceiras serão elevadas. Porém, o diretor do Dnit acrescentou que ainda não sabe o impacto financeiro dessa modificação.
O senador Ivo Cassol lembrou que “a ponte une o Acre e Rondônia e tem a sua importância pelo fato de ser num corredor que dá acesso a Estrada do Pacífico, no Peru, que integra um corredor de exportação e importação.”
A velha balsa
Atualmente, a travessia pelo Rio Madeira, na BR-364, trecho que liga o Acre a Rondônia é feita através de balsas da empresa Rodonave Navegações Ltda, de propriedade do ex-deputado federal Roberto Dorner (PSD-MT). A falta de uma ponte no trecho é um atraso para a economia do Acre, sem falar no preço caro pela travessia nas balsas. O atraso não se resume só ao preço. No verão amazônico, o rio seca e as balsas enfrentam dificuldade para o transporte.
O senador Sérgio Petecão salientou que a ponte é um sonho de 30 anos se concretizando. “É muito gratificante ver o avanço dessa obra. Há 30 anos a gente lutava para que ela virasse realidade é hoje ela está a pleno vapor. E estou muito feliz e grato.”