As prefeituras das vizinhas capitais Manaus e Porto Velho não cogitam autorizar reajuste no valor da tarifa de ônibus em 2018. A decisão foi reforçada após o anúncio do governo federal de reduzir em quase R$ 0,50 o preço do diesel, apontado como o principal custo para as empresas do setor. Assim como em Rio Branco, a passagem nestas duas cidades é de R$ 3,80.
Das três, apenas em Rio Branco há a possibilidade real de ocorrer aumento. A câmara técnica do conselho tarifário, presidido pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (RBTrans), já deu sinal verde para uma tarifa de R$ 4,03. O sindicato das empresas queria em R$ 4,55.
Após o anúncio de redução do preço do diesel, a prefeita Socorro Neri (PSB) determinou a revisão dos cálculos feitos pelo conselho. Afinal, com custo menor de operações, reajustar a tarifa, neste momento, não teria justificativa.
Em Manaus, o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) voltou a afirmar neste sábado (2) que aumento em 2018 está descartado. Desde a metade da semana a capital amazonense enfrenta greve dos rodoviários. Neste sábado, 100% dos ônibus chegaram a ficar nas garagens. Após intervenção da prefeitura, parte da frota voltou a circular.
“Os ônibus voltaram a circular neste fim de semana e espero que permaneçam assim, porque nenhuma greve, nenhuma manifestação, dura para sempre. A razão está vindo à tona para trabalhadores e empresários e, de minha parte, digo a eles com clareza de que não haverá aumento de tarifa sob nenhuma circunstância”, disse Virgílio.
Em Porto Velho o consórcio que explora o serviço de transporte coletivo apresentou pedido de reajuste em março. As empresas queriam sair de R$ 3,80 para R$ 6,40. O prefeito Hildon Chaves (PSDB) também vetou a proposta e manteve a passagem no preço atual.