É possível uma corrida ter mais de 400 campeões? Na Corrida do Trabalhador, realizada pela FIEAC e pelo SESI/AC, no último domingo, 16, esse feito foi registrado. Isso porque, independentemente de colocação e de tempo para conclusão da prova, todos os participantes – alguns inclusive com limitações físicas – conseguiram cruzar a linha de chegada em percursos de 5 e 10 km.
Todos, sem exceção, receberam suas merecidas medalhas. Puderam subir ao pódio para registrar fotografias, receberam massagem da equipe de atividade física do SESI, concorreram a brindes e desfrutaram de uma farta mesa de frutas. Uma verdadeira festa voltada para os trabalhadores da indústria e para a comunidade em geral.
“Obrigado pela presença de todos. Esse evento é feito com muito carinho pelo SESI, que está de parabéns. Agradecemos o apoio do governo do Estado e da prefeitura. É uma programação que não é só para o trabalhador do segmento industrial, mas para toda a sociedade, que precisa de lazer e descontração. E todos que aqui estão, independente de classificação, são vencedores”, declarou o diretor-regional do SESI e presidente da FIEAC, José Adriano, antes do início da corrida.
Exemplos de superação – Além da alegria estampada no rosto dos corredores, chamou muita atenção também os diversos exemplos de superação de quem participou da competição. A determinação do cadeirante Frank Brito certamente serviu de espelho para muitos. Ele concluiu o percurso de 5 km em menos de 1 hora.
“É um desafio, sobretudo porque não uso as pernas, mas sim o braço. É preciso uma cadeira adaptada para fazer esse percurso. O mais difícil é o desnível da rua, que não dá tração suficiente na cadeira. Mas com esforço, consegui fazer todo o trajeto e cruzar a linha de chegada”, destacou Brito.
Outro que demonstra grande determinação para superar seus próprios limites é Edilberto dos Santos, de 40 anos. Desde que foi acometido por uma meningite, ele precisa de uma muleta para andar. “Moro em Epitaciolândia, mas faço questão de vir disputar as corridas em Rio Branco. Desde que comecei a correr, já acumulei 84 medalhas e, agora, nessa Corrida do Trabalhador SESI, chego a 85, além de cinco troféus de destaque em corridas no Acre e fora do Estado. Já participei também de quatro meias-maratonas”, revelou Edilberto.
Presença de crianças e idosos – Aos 63 anos, Maria Izabel também fez bonito. Adepta da corrida há alguns anos, ela foi mais uma que se empenhou para concluir o percurso de 5 km. “Passei a fazer parte do grupo ‘Loucos por Corrida’ e desde então comecei a me inscrever em competições. É minha quinta medalha e pretendo fazer coleção. Parabenizo ao SESI e à FIEAC pelo evento, que foi o mais organizado que já participei”, salientou.
Além de pessoas da terceira idade, muitas crianças também estiveram na corrida. Guilherme Souza, de 8 anos, ao lado do pai, Edu Gomes, de 36 anos, percorreu 5 km em menos de 48 minutos.
“Quando iniciei nas corridas, meu filho começou a querer ir junto. Já participamos de algumas corridas, inclusive a do SESI no ano passado, e pretendemos vir também nas próximas. É um evento bem estruturado e fazemos questão de participar”, comentou o pai de Guilherme.
Reponsabilidade social – A responsabilidade social não poderia ficar de fora de um evento tão grandioso. Justamente por isso, o SESI e FIEAC optaram que as inscrições para a corrida ocorressem mediante a entrega de duas latas de leite em pó ou dois pacotes de fraldas geriátricas. Todos os itens serão doados.
“Conseguimos arrecadar um número significativo de produtos, que serão carinhosamente doados para entidades de caridade. Agradecemos a todos pela participação e reforçamos que o SESI, assim com todo o Sistema FIEAC, está sempre à disposição dos acreanos”, assinalou César Dotto, superintendente do SESI no Acre.
Classificação geral
A corrida teve R$ 2 mil em premiação para os três primeiros colocados no percurso de 10 km da categoria indústria, tanto masculino como feminino, sendo R$ 500 para o primeiro lugar, R$ 300 para o segundo e R$ 200 para o terceiro. Troféus e medalhas foram entregues aos vencedores das categorias indústria e comunidade.
Valdir Cruz da Silva, trabalhador da Cerâmica Flor de Junho, foi campeão do percurso de 10 km da categoria indústria e falou sobre o sentimento da conquista. “Antes eu só corria provas de 5 km e comecei a treinar para corridas mais longas. Ano passado me inscrevi na Corrida do Trabalhador, no entanto, cheguei atrasado e por isso não consegui os primeiros lugares. Já neste ano me organizei melhor e graças a Deus obtive essa vitória”, ressaltou o campeão.
Confira a seguir a classificação geral:
Indústria 10 km masculino
1º lugar: Valdir Cruz da Silva
2º lugar: Gabriel Campos
3º lugar: José Edmilton
Indústria 10 km feminino
1º lugar: Rita de Kássia Falcão
2º lugar: Idayane Morera
3º lugar: Mayanna de Souza
Indústria 5 km masculino
1º: Elton Gonçalves
2º: Edson Silva
3º: Ediberto Félix
Indústria 5 km feminino
1º lugar: Luciana dos Santos
2º lugar: Jucilene Pereira
3º lugar: Marcineide Teixeira
Comunidade 10 km masculino
1º lugar: Wendervilson Oliveira
2º lugar: Romildo Lourenzo
3º lugar: André Karvalho
Comunidade 10 km feminino
1º lugar: Vania Nonata de Lima
2º lugar: Cicera do Carmo
3º lugar: Dalvanir Alves
Comunidade 5 km masculino
1º lugar: Manoel da Cunha
2º lugar: David Anderson
3º lugar: Kevin Santos
Comunidade 5 km feminino
1º lugar: Nayane Alves
2º lugar: Lany Souza
3º lugar: Miriam Aparecido
Assessoria Sistema FIEAC