Dia tenso marca agenda de Cameli após derrubada de vetos

Causou muita preocupação ao staff administrativo e na Casa Civil do governador do Acre, a repercussão da derrubada dos vetos por 20 deputados da base na última terça-feira (17) na Assembleia Legislativa. Em conversas reservadas nos corredores do seu escritório, o chefe do executivo, Gladson Cameli, deixou o estilo fleumático e em alguns momentos, bateu na mesa em reunião com secretários.

Os vetos históricos serviram como um “prato cheio” para a oposição voltar a deitar e rolar no pequeno e grande expediente da última sessão deliberativa da semana. Os impactos do tema que virou motivo de chacota foram deliberados sem a presença de nenhum deputado da base, nem o líder do governo teve acesso aos diálogos.

Dos oito secretários que foram ao encontro do governador, dois deles, Alysson Bestene e Ribamar Trindade, responsáveis pelas articulações políticas, monitoraram por toda manhã os debates que aconteciam na Assembleia. De lá, o líder do governo enviava um duro recado ao primeiro escalão, revelando dados de uma pesquisa que até esta quarta, era escondida à sete chaves.

Segundo Tchê, enquanto Cameli tem 80% de aprovação popular, seus secretários têm apenas 20%. “Devem tirar a bunda das poltronas, saírem dos gabinetes com ar-condicionado e ajudarem o governador Gladson Cameli a trabalhar pelo Acre”.

O pepino chamado “saúde” – A articulação política não é o único pepino que precisa ser resolvido na gestão. E para evitar novos vexames, o trio Mônica Feres (saúde), Maria Alice (Planejamento) e Semírames Plácido (Sefaz) foi o primeiro a sentar com o governador após sua agenda internacional. Nesta quinta, o governador se reúne com o movimento grevista e precisa dar respostas as demandas apresentadas.

A única agenda no estilo Cameli ocorreu no final da tarde, quando o chefe do executivo, ao lado da Primeira-dama Ana Paula, entregou bicicletas na região do Segundo Distrito, na Escola Iracema Gomes Pereira. O governador repetiu um gesto feito pelo tio, Orleir Cameli, na década de 90, quando esteve à frente do comando estadual.