Empresas aéreas vão restringir a capacidade de operação no Acre

A mais alta entidade de representação do setor de transporte aéreo do Brasil, a Abaer (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), emitiu nota reafirmando o posicionamento da TAM de que há o comprometimento de voos para o Acre por conta da quantidade insuficiente de combustível para aeronaves de grande porte.

A escassez ocorre pela não reposição de estoque provocado pela falta de condições seguras de tráfego pela BR-364 entre Porto Velho e Rio Branco, impedindo a passagem dos caminhões das distribuidoras do querosene de aviação (QAV).

A manifestação da Abaer, que reúne as companhias TAM, Gol, Trip, Avianca e Azul, é uma resposta encontrada ao governador Sebastião Viana (PT), que acusou a TAM de mentir ao emitir nota informando que reduziria sua capacidade de operação para Rio Branco pela falta de combustível.

Não só ela passará a adotar este procedimento, como também as demais. Como não há QAV suficiente no Acre, os aviões serão obrigados a sair de Brasília com quase 100% dos tanques abastecidos para depender a menor quantidade possível do combustível no aeroporto de Rio Branco. Com o “tanque completo”, aumenta-se o peso das aeronaves.

Para garantir operações de pouso e decolagem seguras, as empresas vão reduzir a capacidade de transporte de passageiros. Aeronaves como o Airbus A-319 (TAM) e o Boeing 737-700 (Gol) que operam o trecho Brasília-Rio Branco têm capacidade para 144 passageiros; enquanto persistir o problema esta lotação máxima ficará em 88.

“A restrição de passageiros acontece para garantir a segurança das operações”, reforça Ronaldo Jenkins, diretor de operações e segurança de voo da ABEAR.Segundo a Aber, o problema afeta não somente Rio Branco, mas também Porto Velho (RO), cujo estoque de querosene também não atende às necessidades. 

Sobre as declarações feitas pelo governador Sebastião Viana, a TAM disse que não se manifestará a respeito.