Pandemia não desabasteceu o Acre mesmo com aumento de preço

O médico veterinário, produtor rural e secretário de Estado de Produção e Agronegócio do Acre, Edivan Maciel de Azevedo, publicou um artigo nesta terça-feira, 29, celebrando os resultados obtidos no setor durante o ano de 2020. Mesmo com a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, o gestor garante que ano de 2020 se encerra com grandes avanços e realizações no setor agropecuário do estado.

Maciel diz que os agricultores estão fazendo a sua parte e confiantes no inventivo do governo, com o apoio dos bancos da Amazônia. “Tivemos muitas perdas. Contudo, mesmo que os preços de alguns produtos terem aumentado substancialmente, basicamente em função da variação do dólar e da pressão de demanda, principalmente da China, não houve desabastecimento de alimentos”, afirma.

O secretário destaca que o Acre produz muitos dos alimentos que consome e essa produção vem crescendo ano a ano. “Em 2020, o valor bruto da produção agropecuária do Acre foi de R$ 2,15 bilhões. Entre janeiro e dezembro de 2019, 60% de toda a comercialização de hortaliças e frutas feita pela Central de Abastecimento (Ceasa) de Rio Branco teve origem na produção do Acre, principalmente de Rio Branco, Plácido de Castro, Manoel Urbano e Capixaba”.

Para o secretário, a vitalidade do setor de hortaliças é importante porque gera muitos empregos em áreas próximas aos centros urbanos. Com relação à pecuária, dados apontam que em 2019 o estado abateu mais de 416 mil cabeças de gado com produção de 97 mil toneladas de carne. “Com uma população total de 894 mil habitantes em 2020, mesmo considerando um consumo médio per capita de 45 kg de carne, isso representa cerca de 40% do total abatido, gerando um excedente de 56 mil toneladas de carne que é comercializada para outros estados do Brasil, além de subprodutos que já são comercializados para outros países”, diz Maciel.
A produção e abate de aves e suínos e a produção de ovos e peixes também vem crescendo, segundo o gestor. “Dados oficiais informam que temos um total de mais de 240 mil pessoas vivendo na zona rural e envolvidas com a produção no campo, o que vem garantindo a segurança alimentar da população e o desenvolvimento socioeconômico do Acre. Acompanhar este processo, remover gargalos e gerir a estrutura de apoio disponível no Estado tem sido ao mesmo tempo um desafio e um enorme prazer”.

O governo diz que as perceptivas para a agropecuária acreana são as melhores. “Temos um longo percurso de destravamento, suporte e promoção das atividades rurais, até recuperarmos o tempo perdido e reposicionarmos o Acre em um novo e definitivo processo de desenvolvimento que, sendo sustentável no longo prazo, possa também gerar riqueza e oportunidades para o nosso povo”.

Fonte: Agência de Notícias do Acre