Rio Branco, por concentrar metade da população do estado, e ser a cidade onde estão as maiores e principais unidades de saúde do Acre, acaba que sente mais ainda os efeitos da pandemia da Covid-19, já que também concentra a maior parte dos casos da doença e também o maior número de pacientes em tratamento.
Ocorre que além da Covid-19, o início do período chuvoso trouxe outra dor de cabeça para o setor de saúde na capital. Os casos de dengue cresceram de forma assustadora, o que acaba provocando impacto nas unidades de saúde com a falta de vagas para atender e internar todos que precisam.
Apenas nas três primeiras semanas epidemiológicas de 2021 houve o registro de 1.494 casos notificados de dengue, representando um aumento de 481% em relação ao mesmo período de 2020 que registrou 257 casos suspeitos.
Para tentar evitar o colapso no sistema de saúde, a prefeitura de Rio Branco decretou oficialmente nesta quarta-feira, 3, duas situações de emergência em saúde na capital acreana. Os decretos foram publicados no Diário Oficial.
Com as declarações de situação de emergência a prefeitura ganha mais rapidez na tomada de decisões e ações práticas, já que fica autorizada a contratação temporária de servidores e a dispensa de licitação para aquisição de bens, serviços e insumos de saúde destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo coronavírus e da dengue.
Além do decreto, a prefeitura de Rio Branco criou o Comitê de Enfrentamento e Monitoramento de Emergência para infecção humana pela Covid-19. Coordenado pelo secretário municipal de saúde, o comitê tem a finalidade de monitorar, avaliar, articular e estabelecer as ações do Plano de Contingência, de acordo com o cenário epidemiológico e seu padrão evolutivo dos casos.