Interessados em doar sangue devem realizar o procedimento antes de serem vacinados contra a Covid-19, recomenda o Ministério da Saúde. Segundo a pasta, isso se dá por conta do período de inaptidão após a vacinação, pois o micro-organismo da imunização, mesmo que de forma atenuada, ainda circula por um certo período no sangue do doador.
No caso da CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, esse período de inaptidão temporária dura 48 horas após o recebimento de cada dose. A janela de tempo se dá pelo fato do imunizante ser produzido com vírus inativado.
Em relação à vacina de Oxford, esse prazo dura 7 dias após o recebimento de cada dose, pois, segundo o Ministério da Saúde, o produto utiliza outros vetores virais e tecnologias com uso de RNA, que são novidades tecnológicas e, portanto, ainda não possuem previsão na portaria que regulamenta a doação de sangue.
Estoques
Em 2020, por conta da pandemia, hemocentros de todo o País se depararam com a queda nos estoques de sangue. Essas instituições têm adotado protocolos para garantir a segurança dos doadores.
De acordo com o Ministério da Saúde, houve uma redução entre 15% e 20% no número de doadores de sangue em 2020. Apesar disso, segundo a pasta, não houve registro de desabastecimento no Brasil, porém alguns hemocentros reforçam o pedido de alguns tipos sanguíneos.
No Acre, a situação não foi diferente. Por diversas vezes, a direção do Hemoacre realizou campanha de apelo para que os doadores fizessem a doação. O número de doadores sempre foi abaixo da demanda e a média de até 20 doações diárias, caiu pela metade durante a pandemia.
O Ministério da Saúde afirma que a taxa de doação de sangue voluntária no Brasil é de 1,6%, patamar dentro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).