Governo não paga clubes e Rio Branco ameaça levar jogo para RO

Foto: Sérgio Vale/ac24horas

O Campeonato Acreano terminou e nada do repasse de cerca de um milhão de reais prometido pelo governo cair nas contas dos clubes. Com o fim dos contratos de alguns jogadores, as equipes estão com dificuldades de realizar o pagamento dos salários.

De acordo com a gestão de esportes do governo acreano, o problema é de ordem legal. O modelo de convênio que era feito anteriormente foi apontado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) como ilegal. Para realizar o pagamento, o governo precisa criar uma nova lei, encaminhar o Projeto de Lei que precisa ser aprovado pelos deputados estaduais e sancionado pelo governador Gladson Cameli. O problema é que o repasse foi publicado no Diário Oficial do Estado em julho. Quase três meses depois, o PL ainda nem foi encaminhado ao poder legislativo.

“Nós precisamos fazer algo que não vá nos dar trabalho depois, que tenha respaldo jurídico. Já fizemos a justificativa e neste momento o Projeto de Lei está na Casa Civil onde deve ser encaminhado para a Aleac. Sendo aprovado pelos deputados, o governador sanciona e repassamos o recurso aos clubes”, afirma Júnior Santiago, gestor de esportes do Governo do Acre.

Enquanto o dinheiro não chega, os clubes lamentam e buscam alternativas para fazer renda. É o caso do Rio Branco, onde o presidente do clube afirma que pode levar o jogo da próxima quarta-feira, 20, pela Copa Verde contra o time de Nova Mutum (MS) para o estado de Rondônia.

“Nós, presidentes de clubes, precisamos buscar uma alternativa. É uma vergonha toda essa demora. Recebi uma proposta de um município do interior de Rondônia, onde o Rio Branco é muito conhecido, de recebemos R$ 5 mil livre de qualquer despesa levando o jogo para lá. Vou conversar com o presidente da Federação de Futebol e se for possível vamos aceitar a proposta”, afirma Neto Alencar, presidente do Rio Branco.