Os alertas de desmatamento na Amazônia neste último mês de fevereiro somaram 149,88 km², um aumento de 22% em relação ao mesmo período em 2021, quando foram registrados alertas para 122,8 km², segundo mostra reportagem da jornalista Cristiane Prizibisczki, veiculada nesta quarta-feira (9) pelo site ambiental O Eco.
A área sob alerta indicada pelo Programa Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), é quase do mesmo tamanho que a cidade de Natal (RN).
Mesmo com os dados divulgados não sendo referentes ao período completo do mês, pois a plataforma foi atualizada somente até 25 de fevereiro, a área derrubada na Amazônia até este dia já é a segunda maior do que qualquer fevereiro completo desde 2016, perdendo somente para fevereiro de 2020, quando os alertas indicaram desmatamento de 185,73km².
Em janeiro, a Amazônia já havia registrado recorde de alertas de desmatamento, que somaram 430,44 km². O número foi quatro vezes maior do que em janeiro de 2021 e o pior desde 2016.
Dentre os estados, o Mato Grosso foi o que contabilizou maior número de alertas, com 49,35 km² de desmatamento, seguido pelo Pará, com 47,62 km², Amazonas, com 40,49 km², Roraima, com 4,95 km², Rondônia, com 3,64 km², Maranhão, com 3,46 km² e Tocantins, com 0,37km². O estado do Acre não registrou alertas de desmatamento para o período, segundo a plataforma do INPE.
Estimativas feitas pela plataforma de inteligência artificial PrevisIA indicam que, em 2022, a área derrubada na Amazônia pode chegar a 15 mil km². A plataforma leva em conta o período chamado de “calendário do desmatamento”, que vai de agosto de um ano até julho do ano seguinte.