Alckmin se filia ao PSB e diz que ex-presidente Lula é a esperança

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin exaltou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em evento de filiação ao PSB, nesta quarta-feira em Brasília. Político alinhado à centro-direita, o ex-tucano afirmou que o petista, seu antigo adversário político, “representa a própria democracia”. Alckmin, cotado para ser o vice na chapa de Lula em outubro, terá a missão de ampliar o alcance da candidatura do ex-presidente.

— O presidente Lula é hoje o que melhor reflete e interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro. Ele representa a própria democracia — discursou Alckmin. Lula não compareceu à filiação, e foi representado pela presidente do partido, a deputada Gleisi Hoffmann.

Incentivado a ser vice da chapa presidencial, o ex-tucano será importante, segundo aliados de Lula, para conquistar eleitores de centro e setores econômicos ainda relutantes ao retorno do PT ao poder.

A entrada de Alckmin na disputa eleitoral também serve ao propósito de Lula de tentar ocupar o vácuo político ainda não preenchido na chamada terceira via, de eleitores de centro.

Ainda em seu discurso, o novo pessebista também frisou que é preciso “ter coragem “para fazer política”, a mais difícil das atividades humanas”. O ex-governador disse que o momento é crucial para enfrentar a violência e a miséria. Ao citar discurso de Mário Covas, fundador do PSDB, também argumentou que é preciso ter “lealdade aos destinos do país”.

— A política é a arte do bem comum. A mais difícil das atividades humanas, e no mundo inteiro. E exige coragem. Chesterton (jornalista e dramaturgo) dizia que a coragem é a primeira das virtudes, porque sem ela, diante do perigo, todas as demais desaparecem.

Ao criticar Jair Bolsonaro, o novo integrante do PSB afirmou que a mentira “é o que há pior para o regime democrático”. Ele também fez referência a manifestações antidemocráticas de apoiadores do presidente.

— Aqueles que ameaçam o parlamento estão ameaçando a democracia. Aqueles que ameaçam o Supremo Tribunal Federal ameaçam a democracia.

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